Salário médio dos trabalhadores portugueses sobe para 1.525 euros no primeiro trimestre

O salário bruto médio dos trabalhadores portugueses foi de 1.525 euros, no primeiro trimestre deste ano. De acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), tal representa um aumento homólogo de 5,3%, desacelerando face à subida registada no fim de 2024. “A remuneração bruta total mensal média por trabalhador (por […]

Mai 16, 2025 - 15:30
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Salário médio dos trabalhadores portugueses sobe para 1.525 euros no primeiro trimestre

O salário bruto médio dos trabalhadores portugueses foi de 1.525 euros, no primeiro trimestre deste ano. De acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), tal representa um aumento homólogo de 5,3%, desacelerando face à subida registada no fim de 2024.

“A remuneração bruta total mensal média por trabalhador (por posto de trabalho) aumentou 5,3%, para 1.525 euros, no trimestre terminado em março de 2025, em relação ao mesmo período de 2024″, informa o gabinete de estatísticas, num destaque publicado esta manhã.

No último trimestre de 2024, a remuneração média tinha subido 6,4%, o que significa que o arranque de 2025 foi sinónimo de uma desaceleração.

Ora, a remuneração total inclui, importa explicar, não só o salário base, mas também, nomeadamente, o subsídio de refeição, as horas extraordinárias.

É composta portanto, duas componentes. A componente base que, como o nome indica, abrange apenas o vencimento base. E a componente regular, que soma ao salário base outras componentes remuneratórias regulares, nomeadamente subsídios de alimentação.

No primeiro trimestre, a componente base aumentou, em termos homólogos, 5,1% para 1.270 euros, enquanto a componente regular subiu 5,4% face há um ano, chegando a 1.356 euros. Em ambos os casos, verificou-se um abrandamento em comparação com os aumentos que tinham sido registados no final de 2024, como mostra o gráfico abaixo.

Destes reforços (na remuneração total, base e regular), uma parte foi, além disso, “absorvida” pelo aumento dos preços. Daí que o INE avance que, em termos reais, a remuneração bruta total mensal média aumentou 2,9% e as suas componentes regular e base aumentaram 3,1% e 2,8%.

“Em relação ao trimestre terminado em dezembro de 2024, assistiu-se a uma desaceleração dos preços (de 2,6% para 2,3%) e a uma desaceleração das remunerações reais (de 3,4% para 2,8% no caso das remunerações base, por exemplo)”, observa o gabinete de estatísticas.

Por outro lado, no que diz respeito às diferenças entre setores, há a notar que foram as atividades de “agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca” a registar o maior acréscimo da remuneração total média (7,9% para 970 euros). Esse foi, ainda assim, o setor com o ordenado médio mais baixo.

Já o setor com o vencimento mais expressivo foi o da “eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio”, mas, neste caso, o primeiro trimestre de 2024 ficou marcado por um recuo homólogo de 6,1%, para e 3.066 euros.

Quanto às variações em função da dimensão dos empregadores, realça-se que, enquanto nas empresas de um a quatro trabalhadores o aumento do salário médio foi de 6,5%, naquelas com 250 a 499 trabalhadores o reforço foi de 3,9%. Ainda assim, as primeiras continuaram a pagar pior do que as segunda: 1.066 euros de salário médio contra 1.463 euros de salário médio.

Já quanto à diferença entre o público e o privado, os dados mostram que os salários aumentaram mais no Estado (6,3% contra 5,1%), no primeiro trimestre. O salário médio no setor público fixou-se, assim, em 2.021 euros, enquanto no privado foi de 1.431 euros mensais brutos.

“As diferenças nos níveis remuneratórios médios entre o setor das Administrações Públicas e o setor privado refletem, entre outras, diferenças no tipo de trabalho realizado, na composição etária (com impacto na acumulação de capital humano e de experiência profissional) e nas qualificações dos trabalhadores que os integram”, ressalva o INE.

(Notícia atualizada às 11h52)