S&P: Novobanco pode protagonizar maior IPO na banca europeia em mais de dez anos
Se o Novobanco decidir avançar para a bolsa, poderá protagonizar a maior oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de um banco europeu em pelo menos dez anos, de acordo com a agência de notação financeira Standard & Poor’s. O maior IPO de um banco na Europa foi concretizado pelo neerlandês ABN Amro, em […]


Se o Novobanco decidir avançar para a bolsa, poderá protagonizar a maior oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de um banco europeu em pelo menos dez anos, de acordo com a agência de notação financeira Standard & Poor’s.
O maior IPO de um banco na Europa foi concretizado pelo neerlandês ABN Amro, em 2015, no valor de 3,84 mil milhões de euros. Desde então, todas as entradas em bolsa de bancos europeus tiveram valores abaixo.
O Novobanco pode assim trazer um novo capítulo na banca europeia. O banco português está a trabalhar no IPO há vários meses – em fevereiro a Lone Star, que detém uma participação de 75%, deu o mandato à administração para avançar nesse caminho. O CEO Mark Bourke tem insistido na ideia de ter um “banco independente” e adiantou recentemente que essa operação poderá acontecer no final de junho ou em setembro, mediante as condições do mercado.
Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir a tabela.
O banco português poderá estar avaliado entre 5,5 mil milhões e sete mil milhões de euros, de acordo com a corretora espanhola JB Capital. Ou seja, “se for para a bolsa, o IPO do Novobanco poder ser o maior de um banco europeu em anos”, lembra a S&P numa nota publicada esta quinta-feira.
Os analistas da agência de rating americana lembram que a Lone Star dispõe de outras opções para a venda do banco, nomeadamente a transação com um concorrente direto.
A Bloomberg adiantou na semana passada que o fundo de private equity estava em conversações com o Caixabank, o dono espanhol do BPI. O ECO já tinha avançado em abril com o interesse do grupor francês BPCE, que detém o Natixis. E a Caixa Geral de Depósitos (CGD) também referiu publicamente que estava a analisar o Novobanco.
A S&P faz ainda um resumo do percurso do Novobanco nos últimos dez anos, desde a resolução aplicada ao BES em 2014: “De um dos bancos falidos mais conhecidos da Europa transformou-se num banco mais rentável, eficiente e bem capitalizada do que a maioria dos outros grandes bancos europeus”.