Ronan, o leão-marinho que dança, prova que outros animais podem manter o ritmo
Sim, outros animais além do seres humanos conseguem dançar no ritmo de uma música. É o que afirmam cientistas que desenvolveram uma pesquisa em cima da capacidade rítmica de Ronan, um leão-marinho que vive na Califórnia, nos Estados Unidos. Leões-marinhos usam câmeras para mapear fundo do mar 10 animais super estranhos que moram nas profundezas dos oceanos A primeira vez que Ronan recebeu destaque pela sua dança foi em 2013, quando cientistas da Universidade da Califórnia relataram que ele conseguia balançar a cabeça no ritmo de canções que nunca tinha ouvido antes. Agora, um estudo publicado no início de maio na revista Nature Scientific Reports revela que o mamífero marinho de 16 anos segue dançando muito bem e tem uma sincronia com batidas musicais tão boa ou melhor que a de humanos. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- No ritmo da batida No experimento, Ronan entrou em um laboratório e escutou a batida de um metrônomo, dispositivo usado para marcar o ritmo de uma música. O aparelho tocou em três velocidades diferentes: 112, 120 e 128 bpm (batidas por minuto). O leão-marinho só havia sido exposto anteriormente ao ritmo de 120 bpm. Os resultados impressionaram os autores do estudo, que relataram que o mamífero acertou o tempo da batida do dispositivo com uma precisão média de 15 milissegundos. A título de comparação, um piscar de olhos humano dura cerca de 150 milissegundos. “Um dos resultados mais importantes do estudo é o fato de que a maturação e a experiência importam. Não é apenas um teste de desempenho rítmico. Reflete seu comportamento cognitivo e sua capacidade de memorizá-lo e refiná-lo ao longo do tempo”, disse Colleen Reichmuth, cientista que liderou a pesquisa, em comunicado divulgado pela Universidade da Califórnia. Ronan tem 16 anos e teve seu talento rítmico descoberto em 2013 (Imagem: Colleen Reichmuth/Universidade da Califórnia) Comparação com humanos Os pesquisadores também contaram com a participação de 10 voluntários humanos no experimento, todos estudantes da Universidade da Califórnia, que tiveram de mexer o antebraço nas mesmas velocidades de Ronan. Os cientistas, então, usaram as informações obtidas a partir dos movimentos dos voluntários para criar uma simulação que mostra como seria o desempenho de 10 mil pessoas fazendo a mesma tarefa. Os resultados apontaram que o leão-marinho estaria entre os 1% com melhor performance no experimento. Leia mais: Peixes escolhem o dia em que vão nascer; entenda como é possível Cientistas descobrem peixe subterrâneo que ainda está em evolução na China Peixes selvagens podem diferenciar humanos quando se vestem de forma diferente VÍDEO | ROBÔ DE UM ANIMAL EXTINTO Leia a matéria no Canaltech.

Sim, outros animais além do seres humanos conseguem dançar no ritmo de uma música. É o que afirmam cientistas que desenvolveram uma pesquisa em cima da capacidade rítmica de Ronan, um leão-marinho que vive na Califórnia, nos Estados Unidos.
- Leões-marinhos usam câmeras para mapear fundo do mar
- 10 animais super estranhos que moram nas profundezas dos oceanos
A primeira vez que Ronan recebeu destaque pela sua dança foi em 2013, quando cientistas da Universidade da Califórnia relataram que ele conseguia balançar a cabeça no ritmo de canções que nunca tinha ouvido antes.
Agora, um estudo publicado no início de maio na revista Nature Scientific Reports revela que o mamífero marinho de 16 anos segue dançando muito bem e tem uma sincronia com batidas musicais tão boa ou melhor que a de humanos.
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No ritmo da batida
No experimento, Ronan entrou em um laboratório e escutou a batida de um metrônomo, dispositivo usado para marcar o ritmo de uma música. O aparelho tocou em três velocidades diferentes: 112, 120 e 128 bpm (batidas por minuto). O leão-marinho só havia sido exposto anteriormente ao ritmo de 120 bpm.
Os resultados impressionaram os autores do estudo, que relataram que o mamífero acertou o tempo da batida do dispositivo com uma precisão média de 15 milissegundos. A título de comparação, um piscar de olhos humano dura cerca de 150 milissegundos.
“Um dos resultados mais importantes do estudo é o fato de que a maturação e a experiência importam. Não é apenas um teste de desempenho rítmico. Reflete seu comportamento cognitivo e sua capacidade de memorizá-lo e refiná-lo ao longo do tempo”, disse Colleen Reichmuth, cientista que liderou a pesquisa, em comunicado divulgado pela Universidade da Califórnia.
Comparação com humanos
Os pesquisadores também contaram com a participação de 10 voluntários humanos no experimento, todos estudantes da Universidade da Califórnia, que tiveram de mexer o antebraço nas mesmas velocidades de Ronan.
Os cientistas, então, usaram as informações obtidas a partir dos movimentos dos voluntários para criar uma simulação que mostra como seria o desempenho de 10 mil pessoas fazendo a mesma tarefa. Os resultados apontaram que o leão-marinho estaria entre os 1% com melhor performance no experimento.
Leia mais:
- Peixes escolhem o dia em que vão nascer; entenda como é possível
- Cientistas descobrem peixe subterrâneo que ainda está em evolução na China
- Peixes selvagens podem diferenciar humanos quando se vestem de forma diferente
VÍDEO | ROBÔ DE UM ANIMAL EXTINTO
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