Risco de despedimento: Google aperta regras do trabalho híbrido e força regresso ao escritório
Nova política determina que os funcionários que vivem a menos de 80 km de um escritório da empresa devem trabalhar presencialmente pelo menos três dias por semana.


A Google está a apertar as regras do trabalho híbrido e a exigir o regresso mais consistente dos colaboradores aos escritórios. A nova política determina que os funcionários que vivem a menos de 80 km de um escritório da empresa devem trabalhar presencialmente pelo menos três dias por semana. Caso não o façam, correm o risco de impacto na avaliação de desempenho ou mesmo despedimento.
Para quem não conseguir cumprir o novo regime, a tecnológica está a oferecer apoio na mudança de residência ou, em alternativa, pacotes de saída voluntária. A medida marca uma viragem clara face à flexibilidade adotada durante a pandemia, quando o trabalho remoto era amplamente permitido.
Segundo a liderança da Google, a presença física é essencial para fomentar a colaboração, especialmente num momento em que a empresa está a intensificar investimentos em inteligência artificial e infraestruturas. Sergey Brin, cofundador da empresa, defende mesmo que as equipas de IA são mais eficazes quando trabalham cerca de 60 horas por semana, mas juntas, no mesmo espaço físico.
Apesar de o modelo oficial continuar a ser “híbrido”, a mensagem é inequívoca: estar presente no escritório conta — e será monitorizado através dos registos de entrada.
A nova política surge num contexto de reestruturação global, com redução de gastos, que já levou à redução de cerca de sete mil postos de trabalho até ao final de 2024.