Falso médico militar de missão de paz da ONU é preso com documentos em hebraico
Segundo apuração da Polícia Civil de Goiás, o homem tinha múltiplas identidades e usava símbolos institucionais ilegalmente para vender cursos em Caldas Novas (GO)

Um homem de 56 anos foi preso em Caldas Novas (GO) por falsificação de documentos, uso ilegal de símbolos públicos e possível exercício ilegal de medicina. Segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO), o suspeito, identificado como Roberto Cohen (que também tem documentos com o nome Zigmund Cohen – em suposta nacionalidade Israelense) se apresentava em múltiplos ofícios para enganar pessoas a vender cursos falsos.
"Esse indivíduo se apresentava como profissional de diversas áreas, médico, advogado, farmacêutico, psicólogo, também se apresentava como religioso, padre abade, bispo. Como militar, inclusive em missões de paz da ONU, ele se apresentava como tenente-coronel, general de brigada médica, enfim, diversas faces, múltiplas personalidades, que acreditamos ter sido utilizadas para concepção de atividades ilícitas", comentou Tiago Fraga Ferrão, delegado da PCGO responsável pelo caso.
Durante a investigação, a polícia identificou informações falsas ou inconsistentes na divulgação dos anúncios de cursos ministrados pelo suspeito. Diante disso, a Justiça expediu mandado de busca e apreensão. As buscas foram cumpridas pela PCGO na última segunda-feira (28/4). No local, que também é a casa do suspeito, foram localizados documentos funcionais falsos, diplomas universidades brasileiras e estrangeiras, inclusive de Havard, além de cartões de visita com menções de escritórios nos Estados Unidos. Entre os documentos encontrados, alguns estavam em inglês e outros em hebraico.
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"Foram encontrados no local inúmeros documentos falsos identididades funcionais de autarquias federais, diplomas universitários, de estabelecimentos no Brasil e no exterior, passaportes, inclusive diplomáticos. Também foram enocntrados no local instrumentos de medicina, além de também um simulacro de pistola", detalhou o delegado.
A Polícia apura se além da falsificação dos documentos e dos golpes, o homem exerceu atividade de medicina ilegalmente. "Também consta na investigação a prática de exercício ilegal da medicina, tendo em vista que o individo se apresenta como médico inclusive com diversos diplomas de graduação, mestrado e pós doutado. Entre elas medicina molecular, medicina genética, inclusive neurocirurgia e neurocirugia genética, especializações bem complexas que acreditamos que esse indovíduo não tenha cursado", afirmou Tiago Fraga Ferrão, delegado responsável pelo caso.
A Polícia agora busca novas vítimas do golpista, que pode — além de ter vendido cursos falsos — arrecadado dinheiro para falsas missões humanitárias.
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