Riot Games reforça combate aos batoteiros

A Riot Games partilha como tem implementado tecnologia para detectar e combater batoteiros em jogos como o Valorant e League of Legends usando o sistema Vanguard. Desde que há jogos que há pessoas que não olham a meios para obterem vantagem e assegurarem a vitória. No caso dos jogos de vídeo isso não é diferente. A Riot Games é uma daquelas empresas que por um lado pode ser criticada pelo facto de usar um sistema anti-cheat bastante intrusivo que corre permanentemente no computador mesmo que não se esteja a jogar, mas que diz ser a única forma de combater os sistemas de cheating cada vez mais avançados que vão sendo criados. O Vanguard é um sistema anti-cheat com acesso ao nível do kernel, que permite à Riot detectar e bloquear batotas em jogos como o Valorant e o League of Legends antes mesmo de estas entrarem em funcionamento. A empresa diz que os resultados falam por si: menos de 1% dos jogos de Valorant têm batoteiros. A equipa anti-cheat tira partido de funcionalidades de segurança do Windows como o Secure Boot e o TPM para evitar alterações maliciosas, identificam o hardware dos batoteiros para evitar reincidências, e infiltram-se em comunidades de criação de batotas. Curiosamente, deixam passar algumas batotas menores de propósito, como forma de atrasar os criadores e manter as batotas "burras". As maiores dores de cabeça vêm das chamadas batotas "premium", com recurso a hardware especializado como dispositivos DMA e leitores de ecrã, que funcionam como aimbots externos. Estas ferramentas exigem PCs adicionais e equipamento avançado para iludir o Vanguard, mas a Riot diz que consegue detectar a maioria destes sistemas. O efeito prático é que estes sistemas "perfeitos" têm que adicionar imperfeições para simular o comportamento humano, e que, chegando a esse ponto, acabam apenas por permitir que um jogador mais fraco se consiga manter ao mesmo nível de um jogador de alto nível, e para tal tendo que ter investido uma quantia significativa no hardware necessário. Apesar das críticas ao acesso que o Vanguard tem ao sistema, a Riot não tenciona mudar de rumo. Em vez disso aposta numa postura mais transparente, dando explicações sobre os seus métodos e falando abertamente com os jogadores, de modo a obter a sua compreensão quanto à necessidade de usar tais tácticas.

Mai 4, 2025 - 19:29
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Riot Games reforça combate aos batoteiros
A Riot Games partilha como tem implementado tecnologia para detectar e combater batoteiros em jogos como o Valorant e League of Legends usando o sistema Vanguard.

Desde que há jogos que há pessoas que não olham a meios para obterem vantagem e assegurarem a vitória. No caso dos jogos de vídeo isso não é diferente. A Riot Games é uma daquelas empresas que por um lado pode ser criticada pelo facto de usar um sistema anti-cheat bastante intrusivo que corre permanentemente no computador mesmo que não se esteja a jogar, mas que diz ser a única forma de combater os sistemas de cheating cada vez mais avançados que vão sendo criados.

O Vanguard é um sistema anti-cheat com acesso ao nível do kernel, que permite à Riot detectar e bloquear batotas em jogos como o Valorant e o League of Legends antes mesmo de estas entrarem em funcionamento. A empresa diz que os resultados falam por si: menos de 1% dos jogos de Valorant têm batoteiros. A equipa anti-cheat tira partido de funcionalidades de segurança do Windows como o Secure Boot e o TPM para evitar alterações maliciosas, identificam o hardware dos batoteiros para evitar reincidências, e infiltram-se em comunidades de criação de batotas. Curiosamente, deixam passar algumas batotas menores de propósito, como forma de atrasar os criadores e manter as batotas "burras".



As maiores dores de cabeça vêm das chamadas batotas "premium", com recurso a hardware especializado como dispositivos DMA e leitores de ecrã, que funcionam como aimbots externos. Estas ferramentas exigem PCs adicionais e equipamento avançado para iludir o Vanguard, mas a Riot diz que consegue detectar a maioria destes sistemas. O efeito prático é que estes sistemas "perfeitos" têm que adicionar imperfeições para simular o comportamento humano, e que, chegando a esse ponto, acabam apenas por permitir que um jogador mais fraco se consiga manter ao mesmo nível de um jogador de alto nível, e para tal tendo que ter investido uma quantia significativa no hardware necessário.

Apesar das críticas ao acesso que o Vanguard tem ao sistema, a Riot não tenciona mudar de rumo. Em vez disso aposta numa postura mais transparente, dando explicações sobre os seus métodos e falando abertamente com os jogadores, de modo a obter a sua compreensão quanto à necessidade de usar tais tácticas.