Review | Days Gone Remastered
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Days Gone Remastered chega como uma carta de amor para quem já havia se apaixonado pela jornada de Deacon St. John e sua luta para sobreviver em um mundo brutal. No entanto, desde seu anúncio, chamou atenção o fato de que este é na verdade é um jogo que sequer terá uma sequência, com a franquia sendo cancelada pela Sony.
Mas com seu lançamento, uma primeira impressão fica clara: esta não é apenas uma versão reciclada. Desde os primeiros momentos, fica evidente que houve um cuidado em tornar o retorno a esse universo algo mais envolvente, mais vivo — como se, finalmente, a visão completa da Bend Studio tivesse sido concretizada. Mas será que isso é o suficiente para fazer jogadores comprarem o game mais uma vez?
Visualmente, o jogo ganha um fôlego novo. Não é uma revolução gráfica, mas as melhorias são sutis e impactantes: iluminação refinada, sombras mais densas, texturas mais nítidas e uma ambientação atmosférica que realmente transporta o jogador para devastado Oregon. À noite, por exemplo, as florestas se tornam ainda mais assustadoras, e a sensação de vulnerabilidade, tão essencial à experiência original, é intensificada.
A performance técnica é outro ponto que brilha. Rodando a 60 quadros por segundo, Days Gone Remastered entrega uma suavidade que faz toda a diferença nos combates e nas fugas desesperadas contra as hordas de infectados. As transições entre cenas e a exploração do vasto mundo aberto estão mais suaves, proporcionando uma imersão ainda maior na narrativa pós-apocalíptica.
A resposta rápida dos controles, agora com integração total ao DualSense, transforma a pilotagem da moto e o manuseio das armas em momentos ainda mais imersivos. Cada solavanco na estrada, cada disparo tenso, é sentido nas mãos — um detalhe que aprofunda a conexão emocional com o que acontece na tela. Sentir o ronco da moto através da resposta tátil e a resistência dos gatilhos ao disparar armas adicionou uma camada de realismo que me conectou ainda mais ao jogo. Cada chuva que caía ou trovão que ecoava era sentido nas mãos, tornando a experiência sensorial mais rica.
Além das melhorias técnicas, a remasterização ainda adiciona novos modos de jogo que expandem o valor de replay. O modo "Ataque da Horda", por exemplo, oferece uma experiência frenética e desafiadora, colocando o jogador diretamente no caos de enfrentar centenas de freakers de uma vez. Já o modo "Speedrun" e a opção de "Permadeath" são um convite para os mais destemidos colocarem suas habilidades à prova em desafios extremos. No entanto, fica a sensação de que esse conteúdo extra é "pouco" para o que a Sony poderia oferecer aos jogadores.
As opções de acessibilidade ampliadas foram um acerto. O modo de alto contraste e a narração da interface facilitaram a jogabilidade para diversos perfis de jogadores, tornando o jogo mais inclusivo.
No entanto, nem tudo são flores. Para quem já jogou a versão original no PS4, as melhorias podem parecer modestas, especialmente aqueles que não se importam (ou sequer percebem) melhorias gráficas, ou que não gostam dos gatilhos adaptáveis do DualSense. Além disso, a política de upgrade não contemplar usuários que adquiriram o jogo via PS Plus foi uma decepção, limitando o acesso à remasterização para alguns fãs.
Apesar de todas as melhorias, Days Gone Remastered não corrige todas as questões de ritmo que já eram discutidas no lançamento original. O começo do jogo ainda é mais lento do que deveria ser, e a narrativa, apesar de emocionalmente potente, poderia ser mais enxuta em alguns trechos. Mas, no geral, são pequenas arestas que não comprometem a grandiosidade da experiência.
No final das contas, Days Gone Remastered é exatamente o que já indicava ser: apenas uma nova chance de se perder — e se encontrar — nas estradas quebradas de um mundo devastado, agora com mais beleza, mais emoção e mais intensidade. Para veteranos, é uma oportunidade de reviver momentos inesquecíveis em sua melhor forma. Para novatos, é a melhor maneira possível de conhecer uma das jornadas mais subestimadas da geração passada.
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- Desenvolvedora: Bend Studio
- Publisher: Sony Interactive Entertainment
- Plataformas: Playstation 5
- Review feito no: Playstation 5
- - Maior imersão
- - Performance técnica
- - Melhorias poderiam ser mais robustas
- - Conteúdo extra poderia ser melhor
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