Queda no combustível segura inflação em abril

Inflação desacelera novamente em abril e chega a 0,43%, terceiro mês consecutivo de redução, conforme a prévia divulgada hoje (25) pelo IBGE. Esse valor representa queda de 0,21 ponto percentual em relação ao mês anterior, que havia registrado inflação de 0,64%. No acumulado de 2025, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) […] O post Queda no combustível segura inflação em abril apareceu primeiro em O Cafezinho.

Abr 25, 2025 - 15:33
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Queda no combustível segura inflação em abril

Inflação desacelera novamente em abril e chega a 0,43%, terceiro mês consecutivo de redução, conforme a prévia divulgada hoje (25) pelo IBGE. Esse valor representa queda de 0,21 ponto percentual em relação ao mês anterior, que havia registrado inflação de 0,64%. No acumulado de 2025, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) soma alta de 2,43%. Em 12 meses, o índice acumula 5,49%.

A desaceleração foi puxada principalmente pelo grupo Transportes, o único com resultado negativo no mês, registrando queda de 0,44%. O item que mais influenciou nesse recuo foi a passagem aérea, que caiu 14,38%. Também contribuíram significativamente para a redução os preços dos combustíveis, especialmente o etanol, com retração de 0,95%; o gás veicular, com queda de 0,71%; o óleo diesel, com redução de 0,64%; e a gasolina, com baixa de 0,29%.

Ainda no setor de Transportes, o preço médio das tarifas de metrô também recuou 0,95%. Essa queda ocorre mesmo com o reajuste recente de 5,33% aplicado às tarifas no Rio de Janeiro, já que a redução média foi influenciada pela tarifa zero adotada aos domingos e feriados em Brasília, em vigor desde o início de março.

Outro segmento que desacelerou foi Habitação, cuja variação passou de 0,37% em março para apenas 0,09% em abril. A energia elétrica residencial, após alta de 0,43% no mês anterior, agora apresentou leve queda de 0,09%. Já a taxa de água e esgoto mostrou estabilidade, com aumento moderado de 0,12%, influenciada principalmente por reajuste de 4,17% praticado em Goiânia, desde abril.

Entre as regiões pesquisadas, Goiânia foi a que apresentou a maior queda geral, com recuo de 0,13% no índice mensal. Nessa localidade, os principais responsáveis pela redução foram o etanol (-7,60%) e a gasolina (-3,70%).

Apesar desse movimento geral de desaceleração, os preços de diversos itens ainda pressionaram a inflação para cima, especialmente nos grupos de Alimentação e bebidas e Saúde e cuidados pessoais, que juntos responderam por 88% do índice total.

Alimentação e bebidas registrou alta de 1,14% em abril, com a alimentação consumida em casa acelerando ligeiramente, indo de 1,25% em março para 1,29%. O tomate teve o maior destaque, com aumento expressivo de 32,67%, acompanhado por café moído (alta de 6,73%) e leite longa vida (2,44%). A alimentação fora de casa também subiu 0,77%, puxada pelos preços dos lanches (1,23%) e das refeições (0,50%).

O grupo Saúde e cuidados pessoais teve alta de 0,96%, influenciada pelos reajustes nos preços de produtos farmacêuticos (1,04%), após autorização governamental para aumento de até 5,09% nos medicamentos, em vigor desde 31 de março. Produtos de higiene pessoal também registraram alta significativa, de 1,51%. Já os planos de saúde aumentaram 0,57%.

No grupo Transportes, apesar da queda geral, houve exceções pontuais. O táxi, por exemplo, registrou aumento médio de 0,57%, em razão do reajuste médio de 10,91% nas tarifas praticado em Porto Alegre desde o fim de março. Também o ônibus intermunicipal teve aumento médio de 0,39%, especialmente pelo reajuste de 5,62% ocorrido no Rio de Janeiro, em vigor desde o final de março.

Regionalmente, nove das onze localidades avaliadas apresentaram alta em abril. Porto Alegre registrou a maior variação positiva, chegando a 0,88%, impulsionada por aumentos fortes no preço do tomate (61,16%) e da gasolina (2,25%).

A metodologia do IPCA-15 segue a mesma base do IPCA mensal. As diferenças residem apenas no período específico da coleta de preços e em sua abrangência geográfica. Nesta edição, os preços foram coletados entre 18 de março e 14 de abril e comparados aos vigentes de 13 de fevereiro a 17 de março de 2025.

O IPCA-15 contempla famílias com renda mensal entre 1 e 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

A próxima divulgação do IPCA-15, referente ao mês de maio, ocorrerá no dia 27 daquele mês.

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Data: 25/04/2025
Fonte: Agência IBGE Notícias

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