Por que [SPOILER] morreu em Thunderbolts*? Diretor explica

Logo em seus primeiros minutos, Thunderbolts* se distancia do formato tradicional do MCU e aposta em uma narrativa mais crua e surpreendente. A produção marca a introdução de uma nova equipe e não hesita em tomar decisões radicais que afetam diretamente o futuro da franquia.

Uma dessas escolhas foi a morte repentina de Antonia Dreykov, a Treinadora/Taskmaster, personagem vivida por Olga Kurylenko. Sua saída do longa acontece de forma direta, sem rodeios ou reviravoltas e surpreende grande parte do público que esperava a personagem em tempo integral no filme.

A missão que deu errado

Logo no primeiro ato, Treinadora acompanha Yelena, John Walker e Fantasma em uma missão organizada por Valentina Allegra de Fontaine. O grupo é enviado a um laboratório subterrâneo, que revela-se uma armadilha.

Sem que os personagens soubessem, o objetivo real da missão era eliminar os próprios membros da equipe. Em meio ao caos, Fantasma atira na cabeça da Treinadora, encerrando sua participação no filme de forma repentina.

A morte da personagem é confirmada de forma definitiva. Além do tiro fatal, o local da missão é posteriormente destruído. Isso elimina qualquer possibilidade de retorno surpresa, tão comum em outros filmes da Marvel.

De acordo com o diretor Jake Schreier, a escolha foi proposital. Em entrevista ao GamesRadar, ele explicou que queria estabelecer logo de cara que o filme estaria disposto a tomar decisões inesperadas e drásticas.

Segundo Schreier, a ideia era criar uma sensação de instabilidade. “Queríamos algo que fizesse o público pensar: ‘Ok, se fizeram isso, podem fazer qualquer coisa’. Era necessário um choque inicial“, declarou o cineasta.

O desafio de manter o segredo

Apesar das tentativas de esconder a morte, pistas começaram a surgir antes da estreia. A ausência de Kurylenko no elenco de Vingadores: Doomsday, anunciada previamente, alimentou rumores entre os espectadores.

Além disso, a morte foi especulada por fãs mais atentos, especialmente pela ausência da personagem nos trailers e em materiais promocionais.

Ainda assim, Schreier reforça que a equipe não se guiou por teorias durante a produção. “Não li nada enquanto fazíamos o filme. O que importava era que, dentro da história, aquilo funcionasse“, disse.

Para Schreier, o conselho que recebeu de Jon Watts, diretor da trilogia do Homem-Aranha com Tom Holland, foi essencial: “Quando as luzes se apagam no cinema, tudo aquilo que foi discutido antes desaparece. O importante é que a história funcione dentro do filme“.

Entre o risco e a aprovação do público

Mesmo com a polêmica gerada, Thunderbolts* vem sendo bem recebido. Críticos destacam a coragem do roteiro em tomar decisões narrativas mais sérias e definitivas, algo raro no MCU, além de trazer um tom fora da fórmula padrão.

A decisão pode não ter agradado a todos, mas funcionou como declaração de intenções. O filme firma a nova equipe como uma das maiores promessas do MCU, trazendo um novo frescor para a franquia.

Thunderbolts* está em cartaz nos cinemas.

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