Phantom Breaker: Battle Grounds Ultimate – Review



Phantom Breaker: Battle Grounds Ultimate é o relançamento do beat em up Phantom Breaker: Battle Grounds, lançado no Japão em 2013 e no Ocidente em 2014, agora chegando para todas as plataformas atuais, graças à Rocket Panda Games, empresa que também relançou o jogo de luta Phantom Breaker Omnia alguns anos atrás.

Em Phantom Breaker: Battle Grounds Ultimate, você controla Mikoto, Waka, Itsuki e Yuzuha, que após verem sua amiga Nagi ser raptada pelo misterioso Phantom, decidem ir à luta para resgatá-la enquanto combatem os lacaios do vilão pelo caminho.

A história toda acaba acontecendo no começo e no final das fases, em diálogos entre a personagem escolhida e os demais que aparecem em seu caminho. Cada protagonista tem sua história própria, apesar de se for somar todos os diálogos de cada rota, não dar mais do que dez ou quinze minutos de história.

O foco do jogo mesmo, até em função do seu gênero, é a jogabilidade. Como um beat em up, você controla o personagem em cenários 2D, podendo mudar de “faixas” para fugir ou atacar os inimigos, em cenários isolados, com o propósito de avançar um por um até o final da fase, onde um chefe o aguarda.

O combate tem sua profundidade, já que no início do jogo, você começa apenas com os comandos mais básicos, e passa a destravar outros golpes com a experiência que os inimigos deixam quando são derrotados. Com essa experiência, é possível habilitar novos ataques, comandos, ou mesmo subir os parâmetros dos personagens, como ataque e velocidade.

Os inimigos começam relativamente inofensivos e vão ficando mais difíceis (e em maior número) conforme as fases vão avançando. Em dificuldades mais avançadas, é fácil se perder na quantidade de inimigos na tela, forçando com que o jogador não apenas esteja com seu personagem devidamente treinado, como sabendo utilizar os mais diversos combos para enfrentar cada situação.

Com o relançamento, algumas novidades foram adicionadas, como ajustes no combate, a possibilidade de controlar também os inimigos no jogo no modo Arcade, novas cutscenes durante o modo história, além de poder jogar local e online com cross-play com as demais plataformas.

Os gráficos do jogo são em estilo sprite em 2D, que já eram bem bonitos mais de uma década atrás, e que continuam bonitos em 2025. As novas cutscenes dão um novo ar de mangá para o jogo, já que acontecem de quadro para quadro igual um mangá. Mesmo assim, não teve uma mudança significativa entre a versão original e esta atual.

Aliás, talvez este seja o principal ponto deste relançamento na minha opinião: no fundo, acaba sendo o mesmo jogo antigo. Entendo que houve uma mudança de publisher com o relançamento, já que a Rocket Panda Games agora parece controlar a franquia no Ocidente, mas já existia a versão original para PS4 na PlayStation Store que era basicamente a mesma.

Com relançamentos, ainda mais depois de mais de uma década, eu esperava mais, fosse uma sequência ou mesmo uma versão 1.5 que trouxesse o jogo original, mas com conteúdo novo e exclusivo, o que não foi neste caso. A versão antiga foi removida da loja, algumas novidades foram adicionadas e agora o mesmo jogo chega como se fosse algo inédito.

A trilha sonora foi remasterizada, além de novas faixas terem sido incluídas no jogo. Existe uma localização PT-BR decente no jogo, mas com tão pouco texto rolando durante uma partida, quase não fez muita diferença – mas sempre é bom ter a opção para quem quiser se atentar melhor ao que está acontecendo.

Por fim, a experiência me deixou um pouco decepcionado. O jogo continua sendo bom, ainda continua sendo uma boa recomendação para quem é fã do gênero, mas com a oportunidade de revisitar o jogo tanto tempo depois, estava esperando bem mais de um relançamento que acabou apenas entregando o mesmo jogo de tanto anos atrás, apenas requentado.



Phantom Breaker: Battle Grounds Ultimate está disponível para PS5, Xbox Series, PS4, Xbox One, Switch e PC. Esta análise é da versão PS5 e foi realizada com um código fornecido pela PQube.