Petista pede a Motta busca e apreensão de fuzil de deputado bolsonarista
Citando nota do Radar, Rogério Correia afirma que Delegado Caveira violou artigo do regimento da Câmara que proíbe o porte de arma nos edifícios da Casa

O deputado Rogério Correia (PT-MG) pediu para o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), determinar a busca e apreensão de um fuzil calibre 5.56mm e uma pistola calibre .40 no gabinete do deputado Delegado Caveira (PL-PA).
A representação do petista usa como fundamento nota do Radar mostrando que Caveira entrou com os armamentos na Casa e, dentro de seu espaço reservado de trabalho, exibiu-os em uma foto com o vereador Zezinho Lima, de Belém.
“As armas foram ostensivamente exibidas a assessores e visitantes, sem qualquer registro prévio ou autorização formal da Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados”, escreve Correia, o autor do pedido a Motta.
“O ingresso de armas nas dependências da Câmara, especialmente armas de guerra, está condicionado ao acautelamento prévio das armas junto ao Departamento de Polícia Legislativa, nos termos do artigo 2º do Ato da Mesa nº 103/2019, tampouco há notícia de autorização excepcional concedida pela autoridade competente”, acrescenta.
O artigo 271 do regimento interno da Câmara estabelece que, “excetuado aos membros da segurança, é proibido o porte de arma de qualquer espécie nos edifícios da Câmara e suas áreas adjacentes, constituindo infração disciplinar, além de contravenção, o desrespeito a esta proibição”.
Além de busca e apreensão das armas de Caveira, o deputado petista pede a Motta que comunique o caso imediatamente à Corregedoria Parlamentar e adote providências para apurar a “infração administrativa ou disciplinar, com a remessa dos autos ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, nos termos regimentais, e a apuração, em tese, de crime, com a extração de cópias para a PGR”.
“Quem entra armado num lugar de palavras revela que seus maiores inimigos são o raciocínio, o diálogo e a paz”, afirma Correia na representação.