Diogo Marujo estreou-se com um Rally2 aos 19 anos: “O meu estilo de pilotagem adapta-se a este tipo de carros”

O jovem piloto Diogo Marujo teve uma boa estreia no Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), ao volante do Skoda Fabia Rally2 evo, no desafiante Rali Terras D’Aboboreira. Apesar das condições difíceis, Marujo, navegado pelo experiente Jorge Carvalho e apoiado pela equipa Racing 4 You, alcançou o 9.º lugar, demonstrando maturidade e potencial promissores. Vindo […] The post Diogo Marujo estreou-se com um Rally2 aos 19 anos: “O meu estilo de pilotagem adapta-se a este tipo de carros” first appeared on AutoSport.

Mai 5, 2025 - 11:17
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Diogo Marujo estreou-se com um Rally2 aos 19 anos: “O meu estilo de pilotagem adapta-se a este tipo de carros”

O jovem piloto Diogo Marujo teve uma boa estreia no Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), ao volante do Skoda Fabia Rally2 evo, no desafiante Rali Terras D’Aboboreira. Apesar das condições difíceis, Marujo, navegado pelo experiente Jorge Carvalho e apoiado pela equipa Racing 4 You, alcançou o 9.º lugar, demonstrando maturidade e potencial promissores.

Vindo do karting e dos Rally4, este rali representou um desafio significativo para o jovem piloto de Mafra. No entanto, Marujo superou as expectativas, acumulando valiosos quilómetros em competição e adaptando-se rapidamente ao novo carro. Ao AutoSport, revelou ter sentido uma grande evolução da sua condução da manhã para a tarde. “Estou muito melhor com o carro,” afirmou. Agora, vêm aí novos desafios. Através da sua assessoria de imprensa, o piloto detalhou mais o seu primeiro rali de Rally2.

Para alguém com 19 anos e que vinha de um Rally4, suponho que o Rali Terras D’Aboboreira teve condições muito difíceis para uma estreia com o Rally2…

Diogo Marujo: Sim, foi um rali mesmo muito duro, logo desde os reconhecimentos, com muita chuva e lama, e depois condições de aderência completamente variáveis durante o rali, inclusive dentro do mesmo troço! De facto, era fácil errar nestas condições, sobretudo num carro onde tínhamos poucos quilómetros de testes e onde tudo se passa muito mais depressa!

Q: Ainda assim, não cometeste erros ao longo dos 114 quilómetros de especiais, foste evoluindo os teus tempos e cumpriste o grande objetivo que era terminar. Como foi esta experiência, ao nível da pilotagem de um Rally2 e ao nível da gestão das emoções, visto que és tão jovem?

DM: Em termos de pilotagem senti-me mesmo muito bem. Quando terminei a minha carreira no karting, as primeiras experiências que tive na terra foram com um 4×4 no todo-o-terreno. Isso deu-me algumas bases que agora foram muito úteis. O Rally4 é um carro completamente diferente em termos de pilotagem e adaptação não foi tão natural. Claro que essa experiência com o Peugeot foi muito importante para aprender o que é um carro de ralis, mas senti-me logo à vontade com o Rally2, muito mais do que com o Rally4. Chegar ao limite do carro já é algo diferente, isso só vem com os quilómetros e a experiência, mas o primeiro passo foi muito positivo.

Em termos de gestão das emoções, nunca é fácil controlar aquele nervoso miudinho antes de guiarmos um carro destes num troço de ralis. É uma adrenalina enorme e é isso que me apaixona neste desporto. Mas quer antes, quer durante o rali tive sempre o apoio do ‘Jet’ Carvalho, que é uma pessoa muito experiente e que sabe quando puxar por mim, para aumentar o ritmo, ou então dizer-me para acalmar. Isso foi fundamental para terminarmos este rali tão duro e imprevisível. A equipa Racing 4 You também tem sido espetacular e voltou a fazer um grande trabalho a resolver alguns problemas de travões que tivemos no carro na sexta-feira. O meu obrigado a todos eles e, sobretudo, ao meu pai, que me deu esta oportunidade.

Q: Segue-se outro desafio enorme, sobretudo pela extensão e dureza da prova, que é o Vodafone Rally de Portugal.Já fizeste o rali o ano passado de Rally4. Quais são as expectativas?

DM: Quero, acima de tudo, terminar o rali e evoluir. Nesta fase da minha carreira é muito importante acumular quilómetros em competição, aprender, descobrir o máximo sobre o carro e cada prova. O Rali de Portugal é especial por vários motivos, desde logo pela quantidade de gente que temos nos troços, pelo apoio fantástico que sentimos desde a cerimónia de partida até ao pódio final, em Matosinhos. A experiência que tive o ano passado é algo que nunca vou esquecer. Mas estou focado em evoluir troço a troço, rali a rali. Este ano é esse o plano para o restante calendário do CPR.

Q: Sentes que o público apoia ainda com mais entusiasmo jovens pilotos como tu, ou seja, que os adeptos em Portugal procuram as próximas estrelas deste desporto?

DM: Tenho sentido bastante apoio em todos os ralis, nas sessões de autógrafos, nos parques de assistência, nas classificativas… Os ralis são um desporto fantástico a esse nível, é a modalidade mais popular do automobilismo. Para um jovem de 19 anos, como eu, é um privilégio estar aqui e agradeço a cada uma das pessoas que encontrei nas provas e vieram falar comigo. Isso é muito importante para nos dar motivação, porque este não é um meio fácil. É tudo muito competitivo, intenso e exigente, mas com o apoio do público torna-se mais fácil.The post Diogo Marujo estreou-se com um Rally2 aos 19 anos: “O meu estilo de pilotagem adapta-se a este tipo de carros” first appeared on AutoSport.