Pesquisa aponta empate técnico entre Lula e Tarcísio para 2026

Um levantamento realizado pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg, divulgado nesta terça-feira (1º), aponta um cenário de disputa acirrada entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para as eleições presidenciais de 2026. Segundo os dados da pesquisa, Lula aparece com 41,7% das intenções de voto, enquanto Tarcísio registra 33,9%, configurando um empate técnico.

Outros nomes testados no mesmo cenário incluem Pablo Marçal (PRTB), que aparece com 5,4%, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), com 3,8%, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), com 3,6%, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), com 3,3%. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), tem 1,6%, enquanto a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), aparece com 0,5%.

O levantamento também avaliou um cenário alternativo, com os mesmos nomes que disputaram a eleição presidencial de 2022. Nessa simulação, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível, lidera com 45,6% das intenções de voto. Lula aparece na sequência, com 40,6%. Ciro Gomes (PDT) registra 5,7% e Simone Tebet (MDB) tem 3,1%. Os demais candidatos somam 2,1%.

A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 24 de março, por meio de entrevistas digitais com 4.659 eleitores em todas as regiões do país. O levantamento tem margem de erro de aproximadamente dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%.

Disputa entre governistas e opositores marca cenários simulados

Os cenários avaliados mostram uma divisão entre candidatos alinhados ao atual governo federal e nomes identificados com a oposição. No cenário principal, além de Lula e Tarcísio, os demais pré-candidatos representam diferentes correntes políticas e regionais.

Pablo Marçal, que participou das eleições de 2022 mas teve a candidatura barrada pela Justiça Eleitoral, reaparece com percentual significativo. Ronaldo Caiado, governando um estado do Centro-Oeste, e Eduardo Leite, nome do PSDB no Sul, aparecem com desempenhos semelhantes, próximos dos 4%.

Simone Tebet, integrante do governo Lula, aparece em ambas as simulações, com variação pequena entre os dois cenários. Romeu Zema e Marina Silva, nomes com atuação nacional, registram menos de 2% das intenções de voto.

Presença de Bolsonaro altera cenário

O cenário com os mesmos nomes de 2022 mostra um impacto direto da presença de Jair Bolsonaro na corrida presidencial. Apesar de estar inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro lidera com 45,6%, superando Lula por cinco pontos percentuais. Essa diferença não se repete no cenário sem o ex-presidente, em que Lula lidera sobre Tarcísio de Freitas com margem de 7,8 pontos.

Ciro Gomes mantém percentual semelhante ao registrado na eleição de 2022, enquanto Simone Tebet tem desempenho pouco abaixo do registrado no primeiro turno daquele pleito.

Detalhes da metodologia

A pesquisa foi aplicada por meios digitais, utilizando tecnologia de geolocalização, controle de IP e análise de dados de navegação para garantir a diversidade da amostra. O total de entrevistados foi de 4.659, abrangendo todas as regiões do país, diferentes faixas etárias, níveis de renda e escolaridade.

A margem de erro do levantamento é de aproximadamente dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%, o que significa que, em 100 levantamentos com a mesma metodologia, os resultados estariam dentro da margem de erro em 95 deles.

Cenários em aberto para 2026

A pesquisa indica um cenário ainda em definição para as eleições presidenciais de 2026. A liderança de Lula no cenário sem Bolsonaro sugere que o atual presidente permanece como figura central no debate eleitoral. Já o desempenho de Tarcísio de Freitas, aliado do ex-presidente e governador do maior colégio eleitoral do país, o coloca como potencial nome da oposição.

A presença de outros nomes com menos de 6% indica que ainda há espaço para articulações, alianças e possíveis mudanças no quadro até o registro das candidaturas. A inelegibilidade de Bolsonaro também é um fator que pode influenciar a consolidação ou redistribuição de votos no campo da direita.

A nova pesquisa é uma das primeiras a medir as intenções de voto com foco em 2026, após a definição do cenário político e jurídico envolvendo Bolsonaro. A inclusão de cenários distintos permite avaliar como diferentes lideranças se posicionam perante o eleitorado diante das incertezas do próximo pleito.

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