Pais israelitas apelam a Portugal para libertar reféns em Gaza
Em Lisboa, familiares de reféns israelitas cobram ação de Portugal e da Europa para garantir a libertação dos sequestrados pelo Hamas “Vocês têm de acordar e dizer ao Hamas para parar”, afirmou o pai de Idan, refém luso-israelita já declarado morto por Israel, numa mensagem dirigida às autoridades portuguesas. A conferência de imprensa, organizada pela […] O post Pais israelitas apelam a Portugal para libertar reféns em Gaza apareceu primeiro em O Cafezinho.

Em Lisboa, familiares de reféns israelitas cobram ação de Portugal e da Europa para garantir a libertação dos sequestrados pelo Hamas
“Vocês têm de acordar e dizer ao Hamas para parar”, afirmou o pai de Idan, refém luso-israelita já declarado morto por Israel, numa mensagem dirigida às autoridades portuguesas. A conferência de imprensa, organizada pela embaixada israelita em Lisboa, juntou os familiares de outros dois cativos. Familiares de reféns israelitas estiveram em Lisboa, numa iniciativa levada a cabo pela embaixada de Israel em Portugal, para instar o governo português e os de outros países europeus a fazerem diligências no sentido de garantir a libertação dos cativos ainda com vida e a entrega dos corpos dos que foram mortos às mãos do Hamas.
“Vocês têm um cidadão feito refém em Gaza. Vocês tem de acordar e dizer ao Hamas para parar”, afirmou, numa mensagem dirigida a Portugal, Eli Shtivi, pai de Idan Shtivi, o refém luso-israelita que estava no festival de música no deserto do sul de Israel aquando do ataque de militantes do Hamas a 7 de outubro de 2023, e já declarado morto pelas autoridades israelitas.
Idan, que se tinha voluntariado para fotografar o festival, foi uma das 251 pessoas capturadas na ofensiva do Hamas de há 17 meses. Segundo as Forças de Defesa de Israel, foi assassinado no dia do ataque, tendo o corpo sido levado para a Faixa de Gaza. Está entre os 35 reféns mortos e ainda mantidos na posse dos militantes do Hamas no enclave palestiniano.
“Têm de fazer alguma coisa por ele, é uma boa pessoa, um bom estudante, queria melhorar o mundo. Foi a uma festa num espírito de paz e amor”, sublinhou Eli, pedindo aos partidos portugueses que coloquem o drama dos reféns israelitas na agenda da campanha para as eleições legislativas de 18 de maio.
“Vocês têm uma eleição daqui a duas semanas, isto tem de ser falado. Não podem ter um cidadão português nos túneis de terroristas”,
Eli Shtivi ,Pai do refém luso-israelita Idan Shtivi
“Quero o meu filho em casa!”
Em Lisboa esteve também o pai de Tamir Nimrodi, refém israelita que foi raptado pelo Hamas no dia 7 de outubro de 2023, da base do exército israelita onde trabalhava, na fronteira com o norte de Gaza.
“O meu filho tinha 18 anos quando foi raptado, era militar mas não combatente, dava aulas no exército”, disse Alon, pai de Tamir.
“Somos a única família em Israel que não sabe nada sobre o seu familiar”, atirou.
O pai de Tamir lembrou que o filho é também “um cidadão europeu, um cidadão alemão” e fez um apelo aos países europeus para que se juntem à causa israelita.
“Hoje somos nós. Amanhã podem ser vocês. Precisamos que todos os países europeus que querem a paz estejam connosco, estejam com Israel. “Nós [Israel] somos a barreira entre a Europa e o terrorismo”, disse.
Alon Nimrodi dexou claro que a única forma de assegurar o regresso dos reféns a casa é “um acordo”, mas recusou associar a recente expansão militar anunciada por Israel a qualquer insucesso na mediação para libertar os cativos.
“Não somos políticos, não somos militares”, vinca.
“Sou apenas um simples homem, uma simples pessoa, um pai cuja vida colapsou a 7 de outubro. Por isso, eu não sei o que é certo e o que é errado. Só quero o meu filho em casa”
Alon Nimrodi, Pai do refém israelita Tamir Nimrodi
Salem Alatrash, irmão de Muhammad, refém de origem beduína também declarado morto pelas autoridades israelitas, criticou as ações do Hamas.
“Esta não é a forma de professar o Islão: é a do Daesh e do ISIS. O Hamas não se comporta como muçulmano, e a família Alatrash é uma família muçulmana.”
“Há pessoas presas em túneis, a morrer à fome. Quanto mais tempo passar, mais difícil é que regressem vivos, mas também é preciso entregar os mortos às famílias”, acrescentou.
De acordo com as Forças de Defesa de Israel, Alatrash foi assassinado a 7 de outubro e o seu corpo também foi levado para Gaza.
Apesar dos apelos dos familiares, o general israelita, Nitzan Alon, responsável pelas negociações sobre os reféns, fez um alerta que coloca o ónus no governo de Benjamin Netanyahu, reporta o Jerusalem Post.
Nitzan Alon aponta uma relação direta entre a expansão das operações militares no enclave palestiniano e o aumento da violência sobre os cativos por parte do Hamas, avisando mesmo que a nova ofensiva anunciada por Israel poderá ter consequências desastrosas, já que os militantes do grupo fundamentalista islâmico, nota, descarregam nos reféns a sua frustração como resposta à escalada de Israel.
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