Lula destaca papel dos BRICS em reestruturação global e defende comércio internacional equilibrado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira, 5, que o bloco BRICS, composto por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e outros países em desenvolvimento, pode desempenhar um papel central na construção de uma nova ordem internacional. As declarações foram feitas em entrevista a jornalistas chineses, em antecipação à próxima […] O post Lula destaca papel dos BRICS em reestruturação global e defende comércio internacional equilibrado apareceu primeiro em O Cafezinho.

Mai 7, 2025 - 17:13
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Lula destaca papel dos BRICS em reestruturação global e defende comércio internacional equilibrado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira, 5, que o bloco BRICS, composto por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e outros países em desenvolvimento, pode desempenhar um papel central na construção de uma nova ordem internacional.

As declarações foram feitas em entrevista a jornalistas chineses, em antecipação à próxima visita oficial de Lula à China.

Durante a entrevista, trechos da qual foram divulgados nas redes sociais, o presidente brasileiro defendeu a importância da cooperação entre os países do bloco para o fortalecimento do multilateralismo e a promoção de um modelo de desenvolvimento mais equitativo.

“Ao lado dos BRICS, o Brasil pode muito mais”, afirmou.

Segundo Lula, a atuação conjunta dos países integrantes do grupo permite que suas economias influenciem os rumos globais em diferentes dimensões. “O BRICS é outro lugar importante para a gente dar um sinal para o planeta do que nós queremos”, acrescentou.

Lula argumentou que o atual cenário internacional exige esforços coordenados em favor da paz, da estabilidade e do desenvolvimento. Para ele, é necessário resgatar valores que promovam condições de vida adequadas para as populações de todo o mundo.

“Tudo isso para garantir ao povo do planeta viver em condições dignas”, afirmou.

O presidente reforçou a ideia de que essas metas não pertencem a um único país, mas devem ser compartilhadas por todas as nações.

“É preciso que a gente seja educado para que a gente cuide das coisas que nós fazemos, respeitando que o mundo não é do Brasil, não é da China, não é dos americanos; o mundo é de quase 9 bilhões de seres humanos que habitam o planeta e que têm direito de viver decentemente bem”, declarou.

A entrevista também abordou o tema do comércio internacional. O presidente criticou o desequilíbrio nas trocas comerciais globais e defendeu mudanças nas regras para tornar o sistema mais justo para todos os países.

Segundo ele, é necessário estabelecer condições em que todos os participantes possam se beneficiar de forma proporcional.

“O que nós queremos é que o comércio seja justo, equilibrado e que todos possam vender e comprar de forma equitativa, porque o comércio tem que ser uma rodovia de duas mãos. Tem que ter um certo equilíbrio. E se tiver um certo equilíbrio, ele será justo”, afirmou.

O presidente argumentou que uma transformação efetiva nesse modelo de trocas comerciais só será possível se os países do Sul Global agirem de forma coordenada.

Ele reiterou que, embora o Brasil possua capacidade de atuação autônoma, a articulação com outros países em desenvolvimento fortalece sua posição nos debates internacionais.

“O Brasil sozinho pode muita coisa, mas o Brasil junto com a China, com a Índia, com a África do Sul e junto com os outros países que compõem os BRICS, é muito mais forte. A gente pode muito mais”, concluiu.

A visita de Lula à China ocorre em um contexto de reaproximação diplomática e de intensificação da agenda de cooperação bilateral. O governo brasileiro tem buscado fortalecer relações com países do BRICS, priorizando parcerias estratégicas em áreas como comércio, tecnologia, meio ambiente e infraestrutura.

A atuação do Brasil no BRICS é vista pelo governo como parte de uma estratégia de inserção internacional mais diversificada, com foco na ampliação de mercados, na redução de assimetrias globais e na valorização de espaços multilaterais fora do eixo tradicional das grandes potências ocidentais.

O bloco, criado em 2009, tem buscado ampliar sua influência em fóruns internacionais e consolidar uma agenda alternativa de desenvolvimento para os países emergentes.

Ainda não foram divulgados detalhes sobre os compromissos oficiais de Lula durante sua estadia na China, mas a expectativa é de que o presidente participe de reuniões com autoridades locais e representantes do setor empresarial, além de encontros voltados à cooperação técnica e investimentos.

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