Pacto de regime na saúde entre AD e PS “é uma quimera”
Acordos pontuais na saúde entre o PS e a Aliança Democrática (AD) “são possíveis e desejáveis”, mas um pacto de regime nesta área não passa de uma “quimera” devido às “divergências” entre ambos os partidos que sobressaem há 50 anos, defende o antigo diretor-geral da Saúde Constantino Sakellarides, em declarações ao Jornal Económico (acesso pago). […]


Acordos pontuais na saúde entre o PS e a Aliança Democrática (AD) “são possíveis e desejáveis”, mas um pacto de regime nesta área não passa de uma “quimera” devido às “divergências” entre ambos os partidos que sobressaem há 50 anos, defende o antigo diretor-geral da Saúde Constantino Sakellarides, em declarações ao Jornal Económico (acesso pago).
Isto porque, enquanto o PSD “tende a favorecer soluções que têm uma forte componente privada”, os socialistas tendem “a favorecer soluções que envolvem o Serviço Nacional de Saúde (SNS) por si”, aponta o médico e professor catedrático, que considera ainda que faltam “programas estáveis com os devidos ajustamentos”. “Quando os partidos não vivem dos programas estáveis, mas das ideias do governante do momento, é evidente que pactuar é mais difícil”, atira.
Sobre o que é possível negociar, Constantino Sakellarides aponta a inexistência de um plano plurianual de investimento “realista” e com “metas para serem cumpridas” como a principal lacuna no SNS. “Era um bom motivo para pactuar”, sugere. Porém, nos programas do PS ou do PSD, vêm apenas “partes dele”, só que “sem essa componente de garantia plurianual e a garantia que o ministro das Finanças não o obstaculiza quando está atrapalhado, e está atrapalhado com frequência”.