Otamendi e Trubin foram as boias para o Benfica evitar 'morrer' na praia

As notas do Estoril-Benfica, que deixa os encarnados na liderança do campeonato... à condição.

Mai 4, 2025 - 08:06
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Otamendi e Trubin foram as boias para o Benfica evitar 'morrer' na praia

A vitória do Benfica na noite de sábado frente ao Estoril, por 1-2, pode resumir-se em dois momentos distintos. A tranquilidade absoluta na primeira parte deu lugar a um sofrimento extremo que levou os encarnados a terminarem a partida com o coração nas mãos, antes de um decisivo dérbi lisboeta já no próximo sábado no Estádio da Luz.

 

Comecemos pela primeira parte. Aursnes, aos sete minutos, e Otamendi, aos 35, pareciam encaminhar as águias para um triunfo tranquilo na viagem até à Amoreira. Mas o Benfica quase travou no amarelo, o que poderia tornar-se um verdadeiro berbicacho na corrida pelo título de campeão nacional.

Tudo começou ao minuto 66. Nicolás Otamendi derrubou Begraoui no limite da grande área e João Gonçalves apontou de pronto para penálti, num lance em que os estorilistas até reclamaram um golo. Na cobrança, o ucraniano Trubin susteve o remate do avançado marroquino, com Vinícius Zanocelo a acertar com estrondo na trave, na recarga.

Não foi à primeira, foi à segunda. Aos 78 minutos de jogo, Vinícius Zanocelo respondeu com sucesso ao cruzamento de Guitane e relançou a partida até final. O Benfica terminou o jogo com o credo na boca, mas isolou-se provisoriamente na liderança da prova, com 78 pontos, ficando à espera do que fará este domingo o Sporting contra o Gil Vicente.

Mas vamos às notas deste jogo:

Figura

Apesar do erro que deu origem ao penálti falhado por Begraoui, Nicolás Otamendi foi um dos esteios dos encarnados nesta partida. Fiável a defender e letal a atacar, o argentino foi uma das boias que manteve o Benfica ligado à ficha até ao apito final, impedindo alguma desconcentração que pudesse acontecer depois do Estoril ter relançado a partida.

Surpresa

A outra boia de salvação do Benfica foi Trubin. O Estoril veio mais atrevido para a segunda parte e dispôs de uma grande penalidade que poderia ter colocado em perigo a vantagem do conjunto encarnado. Ainda assim, defendeu o penálti de Begraoui e permitiu que o seu clube se mantivesse vivo na partida.

Desilusão

Begraoui falhou quando não podia ter falhado. Numa altura de maior crescimento por parte do Estoril, o marroquino fez o mais difícil. Depois de ter conquistado o penálti, assumiu a marcação do castigo máximo e rematou fraco para defesa de Trubin.

Treinadores

Ian Cathro

A fúria amarela no segundo tempo quase provocava mossa ao Benfica. Depois de uma etapa inicial sem grande energia, tudo mudou para o segundo tempo. O escocês apostou de forma certeira em Rafik Guitane e o rumo que a partida levava mudou por completo quando o suplente assistiu Vinicius Zanocelo para o 1-2. A tranquilidade que o Benfica evidenciou até então deu lugar a muitos nervos. O resultado ficou em aberto até final, muito por culpa do inconformismo dos estorilistas até ao último apito de João Gonçalves.

Bruno Lage

Que jogo de duas caras por parte dos encarnados. O Benfica estava a realizar um dos jogos mais tranquilos do campeonato na primeira parte. Marcou dois golos em dois momentos cruciais do encontro até ao intervalo e não permitiu que o adversário fizesse um remate enquadrado em toda a primeira parte. O encontro parecia controlado, mas os sobressaltos do segundo tempo colocaram em perigo a vitória antes de uma jornada decisiva. A vitória foi alcançada, mas com muito sofrimento para quem é um candidato ao título.

Arbitragem

Encontro pouco feliz para João Gonçalves na Amoreira. Ficam algumas dúvidas sobre o local onde é feita a falta antes da grande penalidade falhada por Begraoui, num lance que os estorilistas reclamam ser de golo depois da falta de Otamendi. Além disso, subsistem dúvidas sobre os dos lances de penálti que o Benfica reclamou já perto do fim. 

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