O que é a Signal? Rede usada pela administração Trump é mais segura que o WhatsApp e o Telegram (mas não é adequada para comunicações institucionais)

A aplicação de mensagens Signal, até agora pouco conhecida para o público português, tornou-se o centro da atualidade devido a um erro da administração Trump. O jornalista Jeffrey Goldberg, diretor da revista The Atlantic, foi acidentalmente adicionado a um grupo que discutia planos militares sensíveis. Entre os participantes da conversa estavam o vice-presidente dos EUA JD Vance e o secretário da Defesa Pete Hegseth.

Mas afinal o que é o Signal?

Disponível para Android, iOS e desktop, o Signal permite o envio de mensagens de texto, chamadas de áudio e vídeo, e partilha de arquivos, tudo protegido por criptografia de ponta a ponta. A tecnologia garante que apenas o remetente e destinatário tenham acesso ao conteúdo, sem possibilidade de intercepção nem mesmo pelos criadores da plataforma.

A app destaca-se ainda pela sua abordagem rigorosa à privacidade. Durante o registo, é necessário um número de telefone, mas a plataforma agora permite a utilização de nomes de utilizador para evitar a exposição desse dado. O Signal também permite mensagens autodestrutivas, criptografia em todos os níveis, e bloqueio por senha ou biometria.

Por que é mais seguro que WhatsApp e Telegram?

Ao contrário de WhatsApp e Telegram, onde a criptografia não é aplicada em todas as interações ou os metadados são armazenados, o Signal não retém nenhum dado do utilizador.

Sendo um projeto de código aberto, qualquer especialista pode analisar a segurança e contribuir para o seu aprimoramento. Ao contrário do WhatsApp, cujo funcionamento interno é oculto, o Signal destaca-se pela sua transparência.

Mas, apesar da segurança robusta, o Signal não é propriamente adequado para comunicação institucional. Como plataforma independente, não oferece integração com sistemas de segurança nacional, limitando a sua utilização por governos.