O que a PF descobriu ao investigar o escândalo do INSS, que derrubou Lupi

Associações descontavam mensalidades de aposentados e pensionistas sem autorização. Pressionado, ministro da Previdência Social pediu demissão nesta sexta (2). O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu demissão nesta sexta-feira (2) após uma investigação da Polícia Federal (PF) revelar um esquema de fraudes e desvios de dinheiro de aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo as investigações, entidades sindicais que oferecem serviços a aposentados cadastravam pessoas sem autorização, com assinaturas falsas, para descontar mensalidades dos benefícios pagos pelo INSS. O prejuízo pode chegar a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. O INSS estima que 4,1 milhões de pessoas podem ter sido vítimas da fraude. O governo promete devolver o dinheiro desviado, mas não explicou como nem quando. A avaliação do governo é que houve omissão de Lupi. Uma reportagem do Jornal Nacional revelou que o ministro recebeu os primeiros alertas em junho de 2023 e levou quase um ano para agir. Alessandro Stefanutto, que presidia o INSS e foi indicado ao cargo por Lupi, já havia sido demitido na semana passada. Ele foi alvo de uma operação da PF para colher provas da fraude. Seis suspeitos de ligação com o esquema foram presos. O novo presidente do INSS é o procurador federal Gilberto Waller Júnior, escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entenda, a seguir, o que a PF já descobriu. A reportagem está baseada no relatório da investigação. Propina, laranjas e associações de fachada: a estrutura da fraude Como funcionava o esquema Quem são os suspeitos de participar da fraude Quem é o 'Careca do INSS', apontado como figura central Qual é a escala da fraude Quais cidades concentram os descontos O que foi apreendido O que Lupi disse sobre o caso Como o governo avalia a fraude O ministro Carlos Lupi durante participação em comissão da Câmara Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados 1. Propina, laranjas e associações de fachada: a estrutura da fraude Segundo a PF e a Controladoria-Geral da União (CGU), as entidades investigadas:

Mai 3, 2025 - 00:09
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O que a PF descobriu ao investigar o escândalo do INSS, que derrubou Lupi

Associações descontavam mensalidades de aposentados e pensionistas sem autorização. Pressionado, ministro da Previdência Social pediu demissão nesta sexta (2). O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu demissão nesta sexta-feira (2) após uma investigação da Polícia Federal (PF) revelar um esquema de fraudes e desvios de dinheiro de aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo as investigações, entidades sindicais que oferecem serviços a aposentados cadastravam pessoas sem autorização, com assinaturas falsas, para descontar mensalidades dos benefícios pagos pelo INSS. O prejuízo pode chegar a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. O INSS estima que 4,1 milhões de pessoas podem ter sido vítimas da fraude. O governo promete devolver o dinheiro desviado, mas não explicou como nem quando. A avaliação do governo é que houve omissão de Lupi. Uma reportagem do Jornal Nacional revelou que o ministro recebeu os primeiros alertas em junho de 2023 e levou quase um ano para agir. Alessandro Stefanutto, que presidia o INSS e foi indicado ao cargo por Lupi, já havia sido demitido na semana passada. Ele foi alvo de uma operação da PF para colher provas da fraude. Seis suspeitos de ligação com o esquema foram presos. O novo presidente do INSS é o procurador federal Gilberto Waller Júnior, escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entenda, a seguir, o que a PF já descobriu. A reportagem está baseada no relatório da investigação. Propina, laranjas e associações de fachada: a estrutura da fraude Como funcionava o esquema Quem são os suspeitos de participar da fraude Quem é o 'Careca do INSS', apontado como figura central Qual é a escala da fraude Quais cidades concentram os descontos O que foi apreendido O que Lupi disse sobre o caso Como o governo avalia a fraude O ministro Carlos Lupi durante participação em comissão da Câmara Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados 1. Propina, laranjas e associações de fachada: a estrutura da fraude Segundo a PF e a Controladoria-Geral da União (CGU), as entidades investigadas: