Montenegro agradece “lucidez e discernimento da análise política” de Cavaco Silva
Líder da Aliança Democrática (AD) revela que vai ter Cavaco Silva, ex-Presidente da República, numa ação partidária esta terça-feira, assim como outros antigos presidentes do PSD, tenham ou não chegado ao cargo de primeiro-ministro, para comemorar o 51.º aniversário do partido.


Luís Montenegro agradeceu a Cavaco Silva as palavras de “lucidez e discernimento” da análise política feita num artigo de opinião no Observador em que o antigo primeiro-ministro e ex-Presidente da República afirma que o atual líder do PSD está a ser alvo de uma campanha de insinuações” centrada na “devassa da vida privada” e que “não violou princípios éticos”.
“Agradecer as palavras que me foram dirigidas, a lucidez e discernimento da análise política, na partilha da sua opinião com os portugueses, para ajudá-los também a avaliar e a aprofundar melhor o seu pensamento político para a decisão”, disse o ainda primeiro-ministro Luís Montenegro nas declarações aos jornalistas depois do debate nas rádios, quando questionado sobre se o PSD, além de Cavaco Silva, tem outro trunfo para a campanha.
Luís Montenegro respondeu, primeiro agradecendo as palavras do antigo Presidente da República sobre si, e revelando depois que tanto Cavaco Silva, como outros antigos líderes do PSD, marcarão presença numa ação de campanha que assinalará também o 51.º aniversário do partido.
“Estamos muito empenhados em estar com todos os portugueses, amanhã o PSD vai completar 51 anos de existência, vai terminar a comemoração dos seus 50 anos, meio século de história (…) será a oportunidade de o atual líder ter um encontro com todos que antecederam na função (…) todos eles com grandes serviços prestados em Portugal. Temos um partido unido, coeso, muito empenhado em fazer com que Portugal não pare”, afirmou Montenegro.
Antes, Montenegro aproveitou o espaço e momento para sublinhar que o país precisa de estabilidade política para “juntar à estabilidade económica, à estabilidade financeira e à projeção de um país com mais esperança” de modo a que a coligação PSD/CDS consiga concretizar todas as políticas “que recuperam o Estado Social, o Serviço Nacional de Saúde, que dão estabilidade à escola pública, que dão mais segurança aos cidadãos”.
Sobre a segurança, tema que não foi abordado no último debate antes das eleições, o líder da da Aliança Democrática (AD) quis salientar o trabalho do Governo “no reforço do policiamento de proximidade”, na visibilidade de segurança, “para combater a criminalidade violenta, para dar maiores garantias e salvaguardar as liberdades individuais” e, também, para “continuar a ter Portugal como um dos países mais seguros do mundo”, aproveitando esse ativo para “atrair recursos humanos e investimento empresarial”.
Passando depois em revista os feitos do Governo, estratégia do Executiva para as próximas duas semanas de campanha. “O Governo foi capaz de tudo isto e, ao mesmo tempo, aumentar salários, baixar impostos sobre o rendimento do trabalho, fomentar as condições para que os jovens não tenham de sair de Portugal”, sem esquecer aos reformados, que tiveram as “pensões valorizadas”. “Assumimos o compromisso e aumentamos todas as pensões, aumentamos a comparticipação dos medicamentos, baixamos o IRS da classe média e baixamos o IRS através da atualização dos escalões do IRS, que também se aplica às pensões”, elencou.