Miguel Ramos: “Não é fácil deixar esta adrenalina”

Portimão foi palco do regresso de Miguel Ramos ao International GT Open, um campeonato onde o piloto português é já figura incontornável. Numa conversa com o AutoSport, Ramos explicou as razões que o trazem de volta a esta grelha e os desafios de continuar competitivo num desporto cada vez mais exigente. Com uma carreira repleta […] The post Miguel Ramos: “Não é fácil deixar esta adrenalina” first appeared on AutoSport.

Mai 2, 2025 - 14:51
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Miguel Ramos: “Não é fácil deixar esta adrenalina”

Portimão foi palco do regresso de Miguel Ramos ao International GT Open, um campeonato onde o piloto português é já figura incontornável. Numa conversa com o AutoSport, Ramos explicou as razões que o trazem de volta a esta grelha e os desafios de continuar competitivo num desporto cada vez mais exigente.

Com uma carreira repleta de títulos e um currículo invejável nas corridas de GT, Miguel Ramos volta em 2025 ao GT Open, desta vez com um programa duplo que inclui também o GT World Challenge Europe Endurance. A decisão, explica, teve razões estratégicas.

“O GT World Challenge este ano só faço Endurance, porque o calendário sprint para a classe bronze são só três provas. E ainda por cima, o calendário não me dava muito jeito”, esclarece. “Depois surgiu a oportunidade, o Mark [Sansom] queria correr comigo em algum sítio, e então eu disse: ‘Pronto, olha, vamos fazer os AM no GT Open’.”

O piloto luso, que já antes anunciara a intenção de reduzir o programa competitivo, continua a regressar às pistas com a mesma garra. “Isto faz-me descansar, na verdade. Aqui não penso em mais nada. Adoro conduzir.”, afirma, com um sorriso. “Não é fácil deixar esta adrenalina, esta competição. O facto de ainda estar competitivo também me leva a querer correr.”

SCIARRA GIANLUCA FOTOSPEEDY

Apesar da paixão, Ramos admite que a conciliação com a vida profissional não é simples. “É exigente. Eu quase não testo… quer dizer, esta vez fiz dois testes. Mas o treino físico é todos os dias. Sou muito rigoroso. Tenho que ser. Estou de viagem? Faço no hotel. Tem que haver disciplina. Senão, não consigo estar aqui.”

O piloto destaca o enorme desgaste físico da condução de um GT3. “A temperatura dentro do carro são 60, 75 graus. Em termos de cardio é brutal, saio sempre todo empenado. Para os miúdos de 22 anos, é fácil. Mas para a minha idade, já não é. Se não estás fisicamente preparado, não andas depressa.”

Esta temporada, Miguel Ramos está ao volante de um McLaren 720S GT3 evo, um carro que lhe dá particular prazer, apesar das exigências. “Este carro é mesmo difícil. É diferente do Mercedes. O Mercedes é muito mais confortável, não te exige tanto fisicamente. O McLaren, para andar depressa, tens de estar no limite dos limites. É tudo na curva, tudo na travagem.”

Ramos admite que há uma beleza na diversidade da categoria GT3, mas garante que os carros são tudo menos iguais. “Apesar de os carros fazerem mais ou menos os mesmos tempos, com o Balance of Performance, não têm nada a ver. Já guiei um Mercedes dois anos. Nada a ver. Mas prefiro o McLaren. Dá muito mais satisfação, é mais desafiante.”

Miguel Ramos continua a mostrar que a paixão pelo volante e a busca pela excelência não têm idade. Em 2025, promete voltar a dar espetáculo, agora com novos desafios e a mesma dedicação de sempre.The post Miguel Ramos: “Não é fácil deixar esta adrenalina” first appeared on AutoSport.