Mauro Beting detona ídolo de Internacional e Corinthians: “Maior falta da carreira”
O comentarista não ficou nada satisfeito com uma opinião dada pelo ex-zagueiro Gamarra, consagrado na seleção paraguaia

Mauro Beting manifestou seu repúdio a uma declaração de Carlos Gamarra. Ex-zagueiro que brilhou na Copa do Mundo de 1998, o defensor paraguaio teve uma passagem marcante por clubes como Internacional e Corinthians, também atuando no Flamengo e no Palmeiras posteriormente.
Em entrevista para a imprensa do seu país, Gamarra minimizou as injúrias raciais sofridas por Luighi, atacante do Palmeiras, na Libertadores Sub-20.
O jovem de 18 anos desabafou aos prantos depois do jogo, acusando um torcedor do Cerro Porteño de racismo na quinta-feira passada (6).
Porém, o ídolo colorado e corintiano expôs a sua visão. “Eu vi as imagens, houve uma provocação do jogador e uma reação lógica dos fãs. Para jogar futebol, é preciso ter caráter. Você não pode chorar porque eles fazem um gesto para você. É uma geração muito sensível. No Brasil, sempre tive companheiros negros, e eles nunca saíam de campo chorando porque eram gritados. Nós mesmos falávamos ‘negão’ e não acontecia nada, era normal”, disse Gamarra.
Mauro Beting não escondeu decepção com Gamarra
Em sua conta no Instagram, Mauro Beting reprovou a conduta do ex-zagueiro, que ficou marcado por não ter cometido nenhuma falta nos quatro jogos do Paraguai no Mundial da França, em 1998.
“O melhor zagueiro paraguaio… O melhor zagueiro corintiano que vi atuar… O segundo melhor zagueiro do Inter… Era uma vez alguém que cometeu a maior falta de sua carreira em uma entrevista”, disparou o comentarista do SBT e da Jovem Pan.
Mauro Beting parafraseou seu colega, o jornalista Ubiratan Leal. “Gamarra não fazia falta em campo; agora mostra que não faz falta fora de campo”, detonou.
Marcos enfatizou mudanças na sociedade
Ao mesmo tempo, o goleiro pentacampeão do mundo Marcos procurou justificar a declaração de Gamarra, chamando atenção para as modificações do comportamento de hoje com relação aos tempos em que jogavam.
“Mudança de geração Mauro, muitos ainda veem como vitimismo. A gente comia o pão que o diabo amassou nessas competições sul-americanas, paraguaios aqui também na época eram ironizados, colombianos eram vinculados ao Pablo Escobar, ficavam put** com razão, assim como a gente fica quando vamos pros lados de lá, a conscientização demora um pouco. Gamarra é um grande cara”, escreveu o ex-camisa 1 do Palmeiras, nos comentários da publicação de Mauro Beting.