Lyon pode ficar fora de torneios da Uefa caso rejeite sanções propostas

O jornal L’Équipe revelou que o Lyon poderá enfrentar duras sanções por parte da Uefa caso rejeite as condições impostas pela entidade. Em meio a dificuldades financeiras, o clube francês comandado por John Textor recebeu uma proposta da organização para formalizar um acordo que inclua punições significativas, como alternativa à exclusão das competições europeias.

Entre as penalidades sugeridas, o time pode ser multado em aproximadamente € 10 milhões e ainda ver limitada sua capacidade de atuação no mercado de transferências, além da redução obrigatória da folha salarial. Na última quarta-feira (7), dirigentes da Uefa se reuniram com o próprio Textor e com Michael Gerlinger, executivo da Eagle Football, para discutir os termos dessa proposta.

O Lyon ainda não se posicionou oficialmente, mas caso não aceite as condições impostas, corre o risco real de ser retirado dos torneios organizados pela Uefa. Na Ligue 1, a equipe ocupa atualmente a sétima posição e segue em busca de uma vaga na próxima edição da Europa League ou Champions League, o que torna a situação ainda mais delicada.

No fim de abril, os franceses anunciaram a renovação do contrato de patrocínio com a Emirates, sendo que o novo vínculo, avaliado em cerca de R$ 600 milhões, garante à companhia aérea a continuidade como marca principal no uniforme por pelo menos mais cinco temporadas.

Apesar do reforço financeiro oriundo do novo patrocínio, a situação do Lyon continua sendo monitorada de perto. Desde que assumiu a agremiação no fim de 2022, o grupo norte-americano liderado por Textor já acumulou uma dívida de R$ 723 milhões, com a pressão vindo da Direção Nacional de Controle e Gestão da Liga Francesa, que pode aplicar sanções que vão de restrições orçamentárias até o rebaixamento para a segunda divisão.

Em uma tentativa de contornar parte do problema, o empresário cogitou utilizar o valor recebido pelo Botafogo pelo título da Libertadores em 2024 para ajudar na quitação de pendências judiciais com a Uefa, recurso possível graças ao modelo da Eagle Football, que permite a movimentação de valores entre os clubes da holding.

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