Lula reúne ministros para preparar encontro que Brasil sediará com países africanos para discutir combate à fome
Segundo interlocutores, ideia do governo brasileiro é identificar possíveis medidas para erradicar fome. ONU estima que 20% da população africana passa fome; no Brasil, índice está em 6,6%. Lula em 30 de janeiro de 2025 Reuters/Adriano Machado O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu ministros do governo nesta quinta-feira (13) no Palácio do Planalto para preparar o encontro que o Brasil sediará em maio com autoridades de países africanos para discutir o combate à fome. A informação foi dada à GloboNews e ao g1 por interlocutores do governo e confirmada pelo Planalto horas depois. O encontro terminou pouco antes das 13h. Na cúpula do G20, Lula lança aliança global contra a fome Segundo esses relatos, a ideia do governo brasileiro é identificar possíveis medidas capazes de diminuírem a fome no mundo e como a Aliança Global Contra a Fome, lançada pelo Brasil no G20 em 2024, pode atuar. A ideia é reunir em Brasília ministros da Agricultura de diversos países africanos e, em razão disso, ao longo desta semana, o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) visitou diversos países do continente convidando as autoridades locais a comparecerem ao encontro, entre as quais ministros de Senegal e Benim. De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência, foram chamados ao encontro com Lula no Palácio do Planalto: Maria Laura da Rocha (secretária-geral do Itamaraty); Carlos Fávaro (ministro da Agricultura); Wellington Dias (ministro do Desenvolvimento Social); Paulo Teixeira (ministro do Desenvolvimento Agrário); André de Paula (ministro da Pesca); Silvia Maria Fonseca Silveira Massruhá (presidente da Embrapa). Segundo informou uma fonte do governo, no dia 23 de maio o presidente de Angola, João Lourenço, estará no Brasil. Dias antes dessa visita chegarão ao país os ministros. O evento é uma ação relativa à Aliança Global. Reforça essa fonte que o presidente Lula tem defendido abrir escritórios da Embrapa em países da África, transferindo tecnologia e auxiliando os países a aumentarem sua produção de alimentos, tentando combater a fome. Paralelamente, os pesquisadores brasileiros podem adquirir conhecimento e desenvolver novos estudos para produção de alimentos. Dados da fome Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) também mostram que 20% da população africana passa fome - isto quer dizer que, a cada cinco moradores do continente, um passe fome. "Mais de 864 milhões de pessoas experimentaram insegurança alimentar grave [no mundo], ficando sem comida por um dia inteiro ou mais. Esse número tem permanecido persistentemente alto desde 2020 e, embora a América Latina apresente melhora, desafios mais amplos seguem presentes, especialmente na África, onde 58% da população enfrenta insegurança alimentar moderada ou grave", informou a ONU em relatório divulgado no ano passado. No Brasil, também segundo a ONU, o índice ficou em 6,6% no período entre 2021 e 2023, o que significa cerca de 14 milhões de pessoas. Em 2022, ao discursar pela primeira vez após o resultado das urnas, na condição de presidente eleito, Lula disse que seu "compromisso número 1" é combater a fome e a pobreza. "Nosso compromisso mais urgente é acabar outra vez com a fome. Não podemos aceitar como normal que milhões de homens, mulheres e crianças neste país não tenham o que comer", disse Lula na ocasião.
Segundo interlocutores, ideia do governo brasileiro é identificar possíveis medidas para erradicar fome. ONU estima que 20% da população africana passa fome; no Brasil, índice está em 6,6%. Lula em 30 de janeiro de 2025 Reuters/Adriano Machado O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu ministros do governo nesta quinta-feira (13) no Palácio do Planalto para preparar o encontro que o Brasil sediará em maio com autoridades de países africanos para discutir o combate à fome. A informação foi dada à GloboNews e ao g1 por interlocutores do governo e confirmada pelo Planalto horas depois. O encontro terminou pouco antes das 13h. Na cúpula do G20, Lula lança aliança global contra a fome Segundo esses relatos, a ideia do governo brasileiro é identificar possíveis medidas capazes de diminuírem a fome no mundo e como a Aliança Global Contra a Fome, lançada pelo Brasil no G20 em 2024, pode atuar. A ideia é reunir em Brasília ministros da Agricultura de diversos países africanos e, em razão disso, ao longo desta semana, o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) visitou diversos países do continente convidando as autoridades locais a comparecerem ao encontro, entre as quais ministros de Senegal e Benim. De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência, foram chamados ao encontro com Lula no Palácio do Planalto: Maria Laura da Rocha (secretária-geral do Itamaraty); Carlos Fávaro (ministro da Agricultura); Wellington Dias (ministro do Desenvolvimento Social); Paulo Teixeira (ministro do Desenvolvimento Agrário); André de Paula (ministro da Pesca); Silvia Maria Fonseca Silveira Massruhá (presidente da Embrapa). Segundo informou uma fonte do governo, no dia 23 de maio o presidente de Angola, João Lourenço, estará no Brasil. Dias antes dessa visita chegarão ao país os ministros. O evento é uma ação relativa à Aliança Global. Reforça essa fonte que o presidente Lula tem defendido abrir escritórios da Embrapa em países da África, transferindo tecnologia e auxiliando os países a aumentarem sua produção de alimentos, tentando combater a fome. Paralelamente, os pesquisadores brasileiros podem adquirir conhecimento e desenvolver novos estudos para produção de alimentos. Dados da fome Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) também mostram que 20% da população africana passa fome - isto quer dizer que, a cada cinco moradores do continente, um passe fome. "Mais de 864 milhões de pessoas experimentaram insegurança alimentar grave [no mundo], ficando sem comida por um dia inteiro ou mais. Esse número tem permanecido persistentemente alto desde 2020 e, embora a América Latina apresente melhora, desafios mais amplos seguem presentes, especialmente na África, onde 58% da população enfrenta insegurança alimentar moderada ou grave", informou a ONU em relatório divulgado no ano passado. No Brasil, também segundo a ONU, o índice ficou em 6,6% no período entre 2021 e 2023, o que significa cerca de 14 milhões de pessoas. Em 2022, ao discursar pela primeira vez após o resultado das urnas, na condição de presidente eleito, Lula disse que seu "compromisso número 1" é combater a fome e a pobreza. "Nosso compromisso mais urgente é acabar outra vez com a fome. Não podemos aceitar como normal que milhões de homens, mulheres e crianças neste país não tenham o que comer", disse Lula na ocasião.
