Influencers anónimos movem negócio de 950 milhões (e ninguém conhece os seus rostos)

O fenómeno dos VTubers – criadores de conteúdo que recorrem a avatares digitais com estilo anime e tecnologia de motion-tracking para ocultar a sua identidade – está a deixar de ser um nicho japonês para se tornar numa tendência global.

A agência e estúdio de produção Hololive Productions está a liderar esta expansão, com ambições bem claras: conquistar o público ocidental e cimentar a presença dos seus personagens digitais no mercado global.

Criada em 2016 por Tanigo Motoaki, a empresa-mãe Cover Corporation rapidamente percebeu o potencial da VTubing. Após o sucesso inicial com a criadora virtual Sora Tokino, o modelo foi afinado e transformado num verdadeiro império digital. Hoje, a Hololive conta com 92 VTubers ativos e mais de 90 milhões de subscritores no YouTube, posicionando-se como a maior rede multicanal da indústria.

A criadora austríaca Takanashi Kiara foi uma das primeiras VTubers de língua inglesa da Hololive, tendo estreado o seu avatar em 2020. Apesar das dúvidas iniciais quanto à recetividade do público ocidental, o sucesso foi imediato.