Iguatemi (IGTI11) entrega balanço trimestral ‘fora do padrão’ diante de movimentos de qualificação do portfólio; confira análise completa
O balanço da Iguatemi (IGTI11) foi divulgado nesta terça-feira (29), após o encerramento das negociações em bolsa. O post Iguatemi (IGTI11) entrega balanço trimestral ‘fora do padrão’ diante de movimentos de qualificação do portfólio; confira análise completa apareceu primeiro em Empiricus.

Na noite de ontem (29), a Iguatemi (IGTI11) divulgou seus resultados operacionais do 1T25, com números alinhados às expectativas do mercado.
As vendas totais do Iguatemi atingiram R$ 5,0 bilhões no trimestre, representando um crescimento de 17% em relação ao 1T24, impulsionadas pela entrada do Shopping RioSul. O indicador de vendas nas mesmas lojas (SSS) registrou alta de 6,3% na comparação anual, ligeiramente abaixo do trimestre anterior — a diferença nas datas comemorativas (como a Páscoa) entre os calendários foi um dos fatores que influenciaram essa performance.
Favorecido pelo leasing spread positivo nos contratos de locação, o aluguel nas mesmas lojas (SSR) cresceu 5,9%, aproximadamente 2,9 p.p. acima do reajuste do IGP-M no portfólio. Como parte relevante dos contratos ainda não foi corrigida no primeiro trimestre, é provável que o IGP-M gere um efeito positivo ao longo do restante do ano.
Taxa de ocupação mantém nível elevado e receita de Iguatemi cresce 8,5% em comparação anual
A taxa média de ocupação foi de 96,6%, mantendo o nível elevado do trimestre anterior. O custo de ocupação permaneceu bem controlado, em torno de 11,8%. Outro ponto importante é a inadimplência, que encerrou o trimestre em 1,4%.
Na frente digital (I-Retail e Iguatemi 365), os resultados continuaram positivos, com crescimento de 38% na receita e leve geração de caixa, totalizando R$ 528 mil.
No consolidado, a receita líquida ajustada da Iguatemi atingiu R$ 330 milhões no trimestre, alta de 8,5% em relação a 2024. O Ebitda ajustado foi de R$ 244 milhões, também 8,5% superior ao do 1T24, com manutenção da margem em 74,1%, mesmo com o aumento de 25% nas despesas administrativas.
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Novas negociações e venda de IGTI refletem no balanço
O FFO (fluxo de caixa operacional) somou R$ 138,5 milhões, queda de 9,9% na comparação anual. Esse recuo se deve ao aumento do endividamento e das despesas com juros, após a estruturação da compra de participação no Shopping RioSul. Com isso, a Iguatemi encerrou o trimestre com um múltiplo Dívida Líquida/Ebitda de 1,89x.
A dívida é um ponto de monitoramento do mercado, especialmente porque a empresa concluiu recentemente a aquisição de participação nos shoppings Pátio Higienópolis e Pátio Paulista. Mantemos uma visão positiva para a compra dos “Pátios”, sobretudo no longo prazo, considerando que oportunidades com esse perfil de ativo, a cap rates atrativos, são bastante raras no mercado imobiliário.
Em paralelo, foi anunciada a venda de uma tranche dos ativos Market Place e Galleria, o que será importante para manter a Dívida Líquida/Ebitda próxima de 2x, conforme sinalização do management.
Por que resultados trimestrais da Iguatemi fugiram do padrão?
De forma geral, os resultados deste trimestre fugiram um pouco do padrão da Iguatemi, em razão de alguns efeitos não recorrentes nas linhas operacionais, além da piora no resultado financeiro.
Ainda assim, entendemos que o movimento de qualificação do portfólio já começa a surtir efeito e tende a gerar resultados interessantes no longo prazo. Para o restante do ano, a expectativa é de melhora operacional, impulsionada pela correção inflacionária dos contratos e pela elevada taxa de ocupação.
Recomendadas pela Empiricus, as ações IGTI11 seguem negociadas a um EV/m² de R$ 16 mil e a um P/FFO 2025 de 8,5 vezes.
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