Santander (SANB11) bate expectativas do mercado e tem lucro de R$ 3,861 bilhões no primeiro trimestre de 2025
Resultado do Santander Brasil (SANB11) representa um salto de 27,8% em relação ao primeiro trimestre de 2024; veja os números The post Santander (SANB11) bate expectativas do mercado e tem lucro de R$ 3,861 bilhões no primeiro trimestre de 2025 appeared first on Seu Dinheiro.

O Santander Brasil (SANB11) abriu a temporada de resultados dos bancões e divulgou, na manhã desta quarta-feira (30), um lucro líquido ajustado de R$ 3,861 bilhões no primeiro trimestre de 2025.
O número veio acima do consenso de analistas de mercado compilado pela Bloomberg, que era de R$ 3,698 bilhões.
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O resultado representa um salto de 27,8% em relação ao mesmo período de 2024. Assim, o número ficou praticamente estável em relação ao quarto trimestre do ano passado (R$ 3,855 bilhões).
Quanto à rentabilidade, um dos indicadores a que os investidores estavam mais atentos, ela avançou na comparação anual, mas registrou leve recuo em base trimestral. O ROE dos três primeiros meses de 2025 foi de 17,4%, ante 17,6% no trimestre anterior e 14,1% no primeiro trimestre de 2024.
O resultado contraria parte dos analistas, que esperava uma queda mais acentuada do indicador na comparação trimestral. O Goldman Sachs previa um ROE de 16,8%, enquanto a XP apostava em 16,2%.
"O resultado do primeiro trimestre de 2025 reflete nosso foco na execução da estratégia construída ao longo dos últimos anos, voltada para uma operação cada vez mais diversificada, resiliente e rentável", disse o presidente do banco, Mario Leão, em mensagem que acompanha os resultados.
“Seguimos no caminho da evolução sustentável do nosso ROAE, com disciplina na alocação de capital, pautados por nossos pilares estratégicos e transformação constante”.
Margem financeira com mercado despenca
Em relação à margem financeira bruta, o Santander Brasil reportou resultado de R$ 15,922 bilhões, avanço de 7,7% ante o mesmo trimestre do ano passado.
Quem segurou este número foi a margem com clientes, que foi de R$ 15,825 bilhões, numa alta de 9,5% em relação aos três primeiros meses de 2024.
Em contrapartida, a margem com o mercado tombou 70,9% em um ano e fechou o 1T25 em R$ 97 milhões, diante do impacto negativo da alta dos juros sobre o balanço do banco.
Expansão da carteira e inadimplência
Mesmo com um início de ano mais fraco como esperado, o Santander continuou a expandir a carteira de crédito ampliada. O saldo totalizou R$ 682 bilhões, alta de 4,3% na comparação no ano.
Já ante o quarto trimestre, a carteira se manteve estável. Em meio à alta dos juros, o banco fala em "manutenção na disciplina e foco na diversificação de risco dos portfolios e otimização da rentabilidade ponderada ao risco”.
Entre os segmentos, o Santander cresceu mais em pequenas e médias empresas (13,2%) e financiamento ao consumo (15,7%) e caiu em pessoa física (2,3%).
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Em relação ao índice de inadimplência, que mede a capacidade dos clientes de honrarem suas dívidas, o banco conseguiu controlar os principais indicadores.
O índice de inadimplência acima de 90 dias fechou em 3,3%, levemente acima dos 3,2% de um ano antes. O índice de 15 a 90 dias atingiu 4,1% em março de 2025, estável no trimestre e no ano.
Segundo o banco, em ambos os períodos houve melhora no índice de pessoa física, mas piora em pessoa jurídica (empresas).
No caso da provisão para perdas com empréstimos (PDD), houve aumento de 5,7% no montante provisionado na comparação anual, para R$ 6,3 bilhões, e alta de 7,7% em relação ao quarto trimestre.
Segundo o Santander, o aumento deve-se majoritariamente à implementação de uma nova regra de reporte contábil do Banco Central (resolução 4.966/21), além do menor resultado de recuperação de crédito no período.
Receitas e despesas
Entre o primeiro trimestre de 2024 e o mesmo período deste ano, o banco observou um crescimento nas receitas com crédito e com serviços que compensou a queda dos resultados com operações de mercado e o aumento nas provisões contra a inadimplência.
A receita com serviços do Santander atingiu R$ 5,137 bilhões, o que representa uma alta de 5,1% na comparação com o 1T24.
Já as despesas operacionais atingiram R$ 6,573 bilhões, com avanço de 4,4% ano a ano, abaixo do crescimento das receitas e também da inflação.
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As despesas foram impactadas principalmente pelo acordo coletivo 2024 sobre a base salarial dos colaboradores a partir do terceiro trimestre. Além disso, maiores gastos com investimentos em tecnologia afetaram essa linha do resultado.
A recomendação do Goldmans Sachs para a unit SANB11 é neutra, com preço-alvo de R$ 28 em 12 meses. Já a XP tem recomendação de compra para o papel, com preço-alvo de R$ 35. O JP Morgan tem recomendação overweight (equivalente à compra), com preço-alvo de R$ 31 em dezembro.
* Com informações do Money Times
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