Homem forçado a tatuar iniciais dos patrões era gravado em situações humilhantes e chantageado: 'ouvia as violências pelas quais passava', diz testemunha
Uma uruguaia também foi mantida em condições degradantes por um professor, um administrador e um contador presos em Planura, no Triângulo Mineiro. Segundo ela, o homem de 32 anos e que foi forçado a tatuar as inicias dos patrões como 'símbolo de posse' também era agredido com um chicote. Luciana passou 6 meses em situação análoga à escravidão em Planura Reprodução/Arquivo pessoal O trabalhador mantido em situação análoga à escravidão em Planura, no Triângulo Mineiro, era gravado em situações humilhantes e chantageado pelos três homens que o forçaram a tatuar as inicias deles, segundo outra vítima que passou seis meses com o trio. Luciana Gonzalhes, de 29 anos, foi a uruguaia resgatada da casa dos homens. “Eu não posso dizer por tudo o que ele passou. Isso não me cabe. Quando essas violências começavam eu me retirava, mas ainda assim conseguia ouvir as violências pelas quais ele passava”, disse. Segundo ela, violências físicas e psicológicas eram constantes por parte dos homens de 57, 40 e 27 anos. O homem resgatado era agredido por qualquer motivo, inclusive com chicotadas. Os três estão presos. "Ele era acordado a berros e chicotadas antes das 5h. Eles o agrediam por qualquer motivo com socos e facões. Trataram ele como se fosse um gado. Ele era miudinho, magrinho, faziam o que bem entendiam. O meu colega tem cortes por todo o corpo e logo essa situação me deixou oprimida, sem saída, afinal, a posição econômica deles era bem maior", afirmou. Ainda de acordo com Luciana, o homem era totalmente excluído do convívio da casa. Ele comia em vasilhas de plástico colocadas fora da residência e não podia entrar na casa dos patrões, sendo submetido a trabalhos árduos até a exaustão. "Ele sofreu até o ponto de tentar tirar a própria vida. Na ocasião eles o haviam deixado limpando sozinho as duas escolas das quais são donos. Aparentemente foi agredido durante o dia e só retornou tempos depois bastante ferido. Nesse dia, ele foi direto para os fundos e ele tentou tirar a própria vida. Só fomos descobrir quando os patrões berraram e ele não respondeu. Ao chegarmos, ele já estava sem respirar. Além disso, disseram que não o levariam para o hospital e que dariam um jeito ali mesmo. Foi graças a Deus que ele sobreviveu", relembrou a vítima.


Uma uruguaia também foi mantida em condições degradantes por um professor, um administrador e um contador presos em Planura, no Triângulo Mineiro. Segundo ela, o homem de 32 anos e que foi forçado a tatuar as inicias dos patrões como 'símbolo de posse' também era agredido com um chicote. Luciana passou 6 meses em situação análoga à escravidão em Planura Reprodução/Arquivo pessoal O trabalhador mantido em situação análoga à escravidão em Planura, no Triângulo Mineiro, era gravado em situações humilhantes e chantageado pelos três homens que o forçaram a tatuar as inicias deles, segundo outra vítima que passou seis meses com o trio. Luciana Gonzalhes, de 29 anos, foi a uruguaia resgatada da casa dos homens. “Eu não posso dizer por tudo o que ele passou. Isso não me cabe. Quando essas violências começavam eu me retirava, mas ainda assim conseguia ouvir as violências pelas quais ele passava”, disse. Segundo ela, violências físicas e psicológicas eram constantes por parte dos homens de 57, 40 e 27 anos. O homem resgatado era agredido por qualquer motivo, inclusive com chicotadas. Os três estão presos. "Ele era acordado a berros e chicotadas antes das 5h. Eles o agrediam por qualquer motivo com socos e facões. Trataram ele como se fosse um gado. Ele era miudinho, magrinho, faziam o que bem entendiam. O meu colega tem cortes por todo o corpo e logo essa situação me deixou oprimida, sem saída, afinal, a posição econômica deles era bem maior", afirmou. Ainda de acordo com Luciana, o homem era totalmente excluído do convívio da casa. Ele comia em vasilhas de plástico colocadas fora da residência e não podia entrar na casa dos patrões, sendo submetido a trabalhos árduos até a exaustão. "Ele sofreu até o ponto de tentar tirar a própria vida. Na ocasião eles o haviam deixado limpando sozinho as duas escolas das quais são donos. Aparentemente foi agredido durante o dia e só retornou tempos depois bastante ferido. Nesse dia, ele foi direto para os fundos e ele tentou tirar a própria vida. Só fomos descobrir quando os patrões berraram e ele não respondeu. Ao chegarmos, ele já estava sem respirar. Além disso, disseram que não o levariam para o hospital e que dariam um jeito ali mesmo. Foi graças a Deus que ele sobreviveu", relembrou a vítima.