Uma pessoa que é cidadã de dois países conta como população de ambos?
Isso significa que há menos gente no mundo do que a contagem oficial? Vem entender essa história.

Não. A contagem da população de um país não leva em conta a cidadania, e sim quem está de fato mora lá – não à toa o Censo é feito presencialmente, batendo de porta em porta. Isso significa que os 4,5 milhões de brasileiros que vivem no exterior não entram na estimativa de 212 milhões de habitantes do Brasil feita pelo IBGE.
Da mesma forma, imigrantes que vivem num determinado país também são contados como parte daquela população, independente se estão regularizados ou não. O que pode variar é a quantidade de tempo que alguém precisa estar vivendo no território para ser incluído como “morador fixo” e não como um simples turista visitante – alguns países exigem um ano, outros só alguns meses.
O que nos leva às estimativas de população mundial, feitas por órgãos internacionais como a ONU e o Banco Mundial. A enorme maioria delas é feita com base nos censos de cada país, o que garante que ninguém está sendo contado duas vezes.
Dito isso, de fato há uma margem de erro natural nessa contagem. Em países em desenvolvimento, com pouca infraestrutura, pode ser difícil para o Estado manter uma contagem precisa. E mesmo em países ricos uma parte da população pode escapar, claro. Em geral, essas imprecisões são insignificantes estatisticamente para um país só, mas, quando juntamos os dados das quase 200 nações, pode haver uma interferência maior.
Por isso que os demógrafos refinam esse resultado usando outros dados, como números de nascimentos, mortes, migrações etc. No fim, é claro, temos uma estimativa, não uma contagem de fato, mas ela é considerada bastante precisa pelos especialistas.
Pergunta de @andersonmaicondeborba, via Instagram