Genética x Saúde: Como lidar com o colesterol alto “de família”

O colesterol alto é um exemplo clássico: não dói, não causa incômodo imediato, mas pode estar silenciosamente comprometendo sua saúde. Por não apresentar sintomas claros, muitas pessoas só descobrem que têm níveis elevados dessa gordura no sangue quando já enfrentam sérias consequências. Daí a expressão “o mal silencioso”. E acredite: em alguns casos, isso começa […]

Abr 18, 2025 - 21:04
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Genética x Saúde: Como lidar com o colesterol alto “de família”

Adotar uma rotina equilibrada não apenas ajuda a manter o colesterol em níveis ideais, como também protege o coração e a saúde geral – iStock/gece33

O colesterol alto é um exemplo clássico: não dói, não causa incômodo imediato, mas pode estar silenciosamente comprometendo sua saúde.

Por não apresentar sintomas claros, muitas pessoas só descobrem que têm níveis elevados dessa gordura no sangue quando já enfrentam sérias consequências. Daí a expressão “o mal silencioso”. E acredite: em alguns casos, isso começa bem antes do que se imagina — desde o nascimento.

Hipercolesterolemia familiar: A herança que ninguém quer receber

Imagine carregar, desde o primeiro dia de vida, um risco aumentado de desenvolver doenças cardiovasculares. É isso que acontece com quem nasce com hipercolesterolemia familiar (HF), uma condição genética que faz com que o colesterol LDL (o chamado “colesterol ruim”) esteja sempre alto. Estudos realizados no Brasil identificaram mutações em genes, como o do receptor de LDL e o da apolipoproteína B100, como causas principais da HF.

Essas mutações impedem o organismo de remover adequadamente o colesterol da corrente sanguínea, o que leva ao seu acúmulo e, por consequência, ao aumento precoce do risco de infarto, derrames e outros problemas cardiovasculares. Estima-se que, em famílias afetadas, uma em cada duas pessoas herde essa condição. A boa notícia? Com diagnóstico precoce e acompanhamento médico adequado, é possível manter a saúde sob controle.

Genética pesa, mas o estilo de vida também conta

Mesmo quem não herdou o colesterol alto de família deve ficar atento. Maus hábitos alimentares e sedentarismo são grandes vilões para o aumento do colesterol LDL. Alimentos ricos em gorduras saturadas — como carnes gordurosas, queijos amarelos, frituras e ultraprocessados — são combustíveis para o colesterol ruim. O sobrepeso e o tabagismo agravam ainda mais esse cenário.