Estudo sugere que ultraprocessados aumentam o risco de Parkinson
O estudo focou na Doença de Parkinson prodrômica, que representa o primeiro estágio de neurodegeneração, sem os sintomas de tremores. The post Estudo sugere que ultraprocessados aumentam o risco de Parkinson appeared first on Giz Brasil.

De acordo com um novo estudo, alimentos ultraprocessados, como bolachas recheadas, cachorro-quente e batata chips, elevam o risco de sintomas precoces de Parkinson. Contudo, o estudo, publicado na quarta-feira (7), apresenta uma associação entre o consumo de ultraprocessados e o risco de Parkinson. Portanto, os cientistas não apresentam uma causalidade.
Além disso, a pesquisa liderada por Xiang Gao, da Universidade de Fudan, na China, focou na Doença de Parkinson prodrômica, que representa o primeiro estágio de neurodegeneração.
A fase prodrômica é quando começam a aparecer os sintomas sutis da doença, mas antecede os primeiros estágios do Parkinson, sem sinais de tremores e incapacidades motoras. Esses sintomas iniciais podem surgir décadas antes do diagnóstico.
No estudo, os cientistas analisaram 42 mil participantes com média de idade de 48 anos por um período de até 26 anos. No início do processo, nenhum dos participantes tinham Parkinson. Eles faziam exames e preenchiam diários de dietas a cada dois a quatro anos, documentando a recorrência do consumo de ultraprocessados.
Nos diários, os participantes listavam itens como salgadinhos, refrigerantes, condimentos e carnes processadas.
Os cientistas dividiram os participantes em cinco grupos com base no consumo diário de ultraprocessados. O grupo de maior índice incluiu os participantes que consumiam ultraprocessados 11 ou mais vezes por dia, que, segundo o estudo, têm 2,5 vezes mais chances de exibir três ou mais sintomas iniciais da doença de Parkinson.
Contudo, os sintomas não são os tremores característicos da doença. O estudo cita insônia, perda de olfato, depressão, problemas de visão cromática, dores crônicas e sonolência diária como sintomas.
O único sintoma da Doença Parkinson prodrômica sem associação com consumo de ultraprocessados foi a constipação.
Estudo não apresenta diagnóstico de Parkinson causado por ultraprocessados
Entretanto, a metodologia do estudo, que analisou diários preenchidos por participantes, compromete a confiabilidade dos resultados.
Além disso, como publicamos aqui no Giz na última sexta-feira (2), cientistas descobriram que beber champanhe reduz o risco de morte súbita.
Na matéria, ressaltamos que o periódico que publicou o estudo emitiu uma nota editorial afirmando que a pesquisa “não revela os mecanismos que associam beber champanhe e o risco de morte súbita.”
Curiosamente, os cientistas de ambos estudos são do mesmo departamento da Universidade de Fudan. Na pesquisa sobre ultraprocessados e o risco de Parkinson, os cientistas não apresentaram dados sobre o consumo de alimentos ultraprocessados e diagnósticos de Parkinson.
Além disso, a Universidade de Fudan, em 2024, foi foco de um artigo da revista Nature que revela manipulação de dados, plágio e compra de publicações, como parte de uma tendência das universidades chinesas.
Sabemos sobre o risco de ultraprocessados e o Giz Brasil já publicou inúmeras matérias sobre estudos com relação direta, mas é preciso ficar atento à Fake Science.
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