Empresas com projetos de inovação têm até 31 de maio para beneficiar do SIFIDE

As candidaturas ao SIFIDE devem ser submetidas até ao final de maio, através do portal da Agência Nacional de Inovação (ANI), anuncia a Yunit Consulting.

A consultora diz que o tecido empresarial português continua a não aproveitar plenamente os instrumentos fiscais disponíveis para impulsionar a inovação e a competitividade.

De acordo com dados disponibilizados pela Yunit Consulting, apenas 0,62% das empresas nacionais beneficiaram do SIFIDE nos últimos 18 anos, um mecanismo que permite reduzir significativamente o valor do IRC a pagar, através da dedução de despesas elegíveis em atividades de Investigação & Desenvolvimento (I&D).

O SIFIDE visa apoiar empresas de todas as dimensões e setores de atividade, promovendo o investimento em inovação ao permitir a dedução de até 82,5% do IRC devido.

Entre as despesas consideradas elegíveis para este efeito estão os salários de recursos humanos afetos à I&D, a aquisição e manutenção de patentes, a participação em fundos de investimento e a aquisição de máquinas, equipamentos e software.

A Yunit Consulting diz que este incentivo – cujo prazo de candidaturas termina a 31 de maio – é retroativo, aplicando-se a despesas já realizadas, e tem a vantagem de poder ser acumulável com outros programas de apoio financeiro como, por exemplo, o Portugal 2030.

As empresas podem, ainda, beneficiar de um prazo de 12 anos para a dedução da totalidade do crédito fiscal obtido.

A Yunit Consulting alerta que apesar do aumento das candidaturas em 2023, a utilização do SIFIDE continua a ser marginal – no Porto, apenas 1.767 empresas em 118 mil recorreram a este incentivo; em Viseu, só 155 num universo de 22.000; em Leiria, 99,9% das empresas ainda não o utilizam; em Santarém, 99,2% também ficam de fora; e, em Coimbra, embora já se tenham recuperado 226 milhões de euros, 98,9% das empresas continuam sem aproveitar este benefício.

A Yunit Consulting é uma consultora de gestão especializada no apoio ao investimento e à capitalização das empresas, através da otimização de incentivos financeiros e fiscais.

Bernardo Maciel, CEO da Yunit Consulting, diz que “a verdadeira questão que as empresas portuguesas devem colocar não é se podem beneficiar do SIFIDE, mas quanto já perderam por ainda não o terem feito. A inovação acontece todos os dias, mas se não for formalmente reconhecida, o potencial de crescimento, reinvestimento e competitividade é desperdiçado”.

A Yunit Consulting já apoiou mais de 300 empresas em todo o país na submissão de candidaturas ao SIFIDE, permitindo uma recuperação acumulada superior a 40 milhões de euros em crédito fiscal. Cada candidatura apoiada resultou, em média, num benefício fiscal de 200.000 euros.