Durante um mês, Lisboa celebra Abril e o centenário de Carlos Paredes

A partir de dia 1, a cidade celebra a Revolução, mas também um do seus compositores mais notáveis. Há teatro, cinema, concertos e um espectáculo em torno da obra de Carlos Paredes a 27 de Abril.

Mar 24, 2025 - 16:00
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Durante um mês, Lisboa celebra Abril e o centenário de Carlos Paredes
Durante um mês, Lisboa celebra Abril e o centenário de Carlos Paredes

Abril é mês de revolução e de Primavera, de celebrar a liberdade, mas também de voltar a usufruir da cidade ao ar livre. A partir do dia 1, o programa Festas de Abril celebra estes e outros valores através da música, do teatro, do cinema, dança, poesia e artes plásticas. A maioria das iniciativas é de entrada gratuita.

No ano em que se assinala do centenário do nascimento de Carlos Pareces, a cidade presta-lhe homenagem – o concerto Variações sobre Paredes. Será no dia 27 de Abril, na Praça do Município, e contará com a direcção artística de António Miguel Guimarães e com Pedro Jóia na direcção musical e na guitarra clássica. A ele juntam-se Joana Bagulho (cravo), João Paulo Esteves da Silva (piano), José Manuel Neto e Bruno Costa (guitarra portuguesa) e Carlos Manuel Proença e Nuno Botelho (viola). O espectáculo será complementado pela pintura e desenho ao vivo de António Jorge Gonçalves.

Mas as Festas de Abril começam muito antes, logo no primeiro dia do mês. No Museu do Aljube, às 18.30, conte com a actuação do projecto musical Anónimos de Abril, de Rogério Charraz e José Fialho Gouveia, e com participações de João Afonso e Joana Alegre. No mesmo museu, poderá ainda visitar as exposições "Arquitectas da Liberdade", até 30 de Abril, e "Antes de ser independência foi luta de libertação", até ao final do ano. Se estiver com energia, junte-se ao percurso "A Revolução está na rua!", que revisita alguns dos locais e momentos fundamentais do 25 de Abril e do processo revolucionário. Acontece nos dias 12 de Abril e 10 de Maio, às 10.30.

Ainda na música, no dia 23 de Abril, Hélder Moutinho protagoniza um tributo ao poeta e compositor João Monge, no CCB. Cooperativa, espectáculo de dança da Associação Parasita, apresenta-se no Teatro do Bairro Alto, de 24 a 27 de Abril – "uma coreografia que nasce da convicção de que os modelos de organização económica e social são essenciais para construir um bem comum". No Museu do Fado também vai haver teatro. 50 madrugadas passa-se numa redacção, onde um grupo de jornalistas explora a obra de Ary dos Santos e outros autores da Revolução. Está em cena de 24 de Abril a 3 de Maio. Já o São Luiz apresenta A Tragédia de Aristides Inhassoro, o 25 de Abril pelo olhar de um capitão negro ao serviço das forças armadas portuguesas em Moçambique, também de 24 a 27 de Abril.

No Cinema São Jorge, há mais uma edição do Festival Política, que este ano assinala os 50 anos do PREC. Conte com cinema, performances, música, humor, exposições e conversas, de 24 a 26 de Abril. No dia 27, o Museu do Aljube, grande epicentro da programação, exibe o documentário Mulheres e Resistência. Antes disso, no dia 15, é a vez de Aqueles Que Ficaram (Em Toda a Parte Todo o Mundo Tem), documentário de Marianela Valverde e Humberto Candeias com testemunhos sobre opositores políticos do Estado Novo.

Destaque ainda para "Ciranda – Mulheres de Línguas", evento de poetry slam com leituras de textos de Judith Teixeira, Gilka Machado, Noémia de Sousa, Olga Savary, Deolinda Rodrigues de Almeida e Alda Espírito Santo. Acontece a 23 de Abril, às 18.30, na Casa Fernando Pessoa. No LU.CA, a pensar nos mais pequenos, a contadora de histórias Bru Junça fala sobre livros "com cheiro a liberdade", nos dias 26 e 27 de Abril, às 11.30.

Pode consultar mais informação sobre estes e outros eventos das Festas de Abril no site da EGEAC.

Vários locais. A partir de 1 de Abril