Dos melões ao chocolate (falso) do Texas: Estes são os 5 alimentos mais caros do mundo

O jornal italiano Corriere della Sera elaborou uma lista dos cinco alimentos mais caros do mundo, símbolos de status e sofisticação à mesa.

Abr 21, 2025 - 21:38
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Dos melões ao chocolate (falso) do Texas: Estes são os 5 alimentos mais caros do mundo

Fruta exclusiva, cogumelos à beira da extinção e carne criada com uma obsessão quase artística. O universo da gastronomia de luxo tem os seus próprios ícones (e preços em concordância) — alimentos tão raros e exclusivos que chegam a ser leiloados por valores que poderiam surpreender até o mais excêntrico dos consumidores.

O jornal italiano Corriere della Sera elaborou uma lista dos cinco alimentos mais caros do mundo, símbolos de status e sofisticação à mesa, sendo o melão Yubari King o mais caro, passando pelo caviar Almas, os cogumelos Matsutake, o Noka e a carne de Kobe a fechar este pódio.

Mas vamos a cada um deles. O melão Yubari King é cultivado em estufas especializadas na ilha de Hokkaido, no Japão, sendo resultado do cruzamento de duas variedades de meloa. Cada planta dá apenas um fruto por ano, com água mineral e controlo rigoroso de luz, humidade e temperatura. Em 2019, dois destes melões atingiram o valor recorde de cinco milhões de ienes — cerca de 40 mil euros — num leilão.

Seguindo para o caviar Almas. Produzido a partir dos raríssimos esturjões Beluga albinos iranianos, o caviar Almas — que significa “diamante” em persa — distingue-se pelas ovas de cor marfim, textura cremosa e sabor delicado. Vendido em latas de ouro (sim, leu bem) de 24 quilates, este tesouro gastronómico pode ultrapassar os 25 mil euros por quilo.

Os Matsutake são cogumelos silvestres nativos das florestas de coníferas do Japão. Com aroma intenso e picante, são profundamente enraizados na cultura nipónica como um dos símbolos do outono. A crescente perda de habitat tornou-os cada vez mais raros — o que impulsiona o seu valor para valores acima dos 2 mil euros por quilo.

Já o Noka, podemos dizer que é o chocolate que enganou o mundo. Durante anos, a marca texana Noka foi sinónimo de chocolate de luxo. A sua “Vintage Collection”, composta por trufas de chocolate negro de origem única (Venezuela, Costa do Marfim e Equador) atingia os 1700 dólares por quilo e a embalagem vinha com um guia de degustação, transformando o consumo numa espécie de ritual. Mas tudo ruiu em 2011, quando se descobriu que o chocolate vinha, afinal, de um fornecedor francês muito mais barato. A marca não resistiu à perda de reputação e encerrou nesse mesmo ano.

O mítico bife Kobe, proveniente da raça Wagyu (variante Tajima), encerra esta lista com um dos cortes mais caros do planeta — até 1.000 euros por quilo. A carne de Kobe segue critérios rígidos de certificação no Japão. O animal é criado com um cuidado quase cerimonial, o que alimenta tanto a qualidade como o storytelling envolvido.