Justiça do EUA determina que Google divida seu negócio de publicidade
Com informações da Bloomberg e do Ad Age O departamento de justiça dos Estados Unidos solicitou a um juiz federal na última sexta-feira, 2, que obrigue a Alphabet, proprietária do Google, a vender partes essenciais de sua tecnologia de publicidade e compartilhar os dados em tempo real com os concorrentes, a fim de cumprir a decisão que considerou que a gigante de tecnologia teria, ilegalmente, monopolizado o mercado de veiculação de anúncios no ambiente digital.... O post Justiça do EUA determina que Google divida seu negócio de publicidade apareceu primeiro em Meio e Mensagem - Marketing, Mídia e Comunicação.


(Crédito: Tada Images/Shutterstock)
Com informações da Bloomberg e do Ad Age
O departamento de justiça dos Estados Unidos solicitou a um juiz federal na última sexta-feira, 2, que obrigue a Alphabet, proprietária do Google, a vender partes essenciais de sua tecnologia de publicidade e compartilhar os dados em tempo real com os concorrentes, a fim de cumprir a decisão que considerou que a gigante de tecnologia teria, ilegalmente, monopolizado o mercado de veiculação de anúncios no ambiente digital.
O governo quer que a empresa se desfaça do software usado por sites para vender anúncios, conhecido como o servidor de anúncios para publishers, bem como da plataforma usada para conectar compradores e vendedores de displays online. O departamento de justiça defendeu uma abordagem por fases, que exigiria, primeiramente, que o Google fornecesse dados de leilões em tempo real de sua plataforma de anúncios para servidores de publicidade de publishers concorrentes.
O departamento de justiça fez o pedido em um tribunal da Virginia na última sexta-feira, 2, durante audiência envolvendo as operações de publicidade da big tech. O governo também está processando o Google em outro caso, focado no suposto monopólio do segmento de buscas.
A juíza distrital Leonie Brinkema, que está presidindo o caso, marcou para 22 de setembro a data para ouvir as propostas do Google a respeito dos danos concorrenciais que teriam sido causados. Nesta segunda-feira, 5, as duas partes apresentarão a proposta formal detalhada.
Brinkema se mostrou cética em relação à necessidade do Google de vender o servidor de anúncios, desenvolvido a partir da aquisição da DoubleClik, em 2008. A juíza questionou diversas vezes, durante a audiência, se a venda da plataforma de anúncios, juntamente com o compartilhamento dos dados dos lances, resolveria sua decisão a respeito de o Google ter agido de forma anticompetitiva.
O Google e o governo estavam amplamente alinhados quanto ao fornecimento de acesso a dados em tempo real, mas a companhia rejeitou a necessidade de qualquer desinvestimento, considerando-o inviável.
A receita dos negócios dessa network do Google, pelos quais a companhia veicula anúncios em outras áreas da internet, vem diminuindo nos últimos trimestres, sugerindo que o negócio pode perder importância para a gigante de tecnologia no futuro.
O departamento de justiça disse a Brinkema que as alienações são essenciais para garantir que o Google não volte a ter condutas ilegais no futuro. O governo afirmou que é difícil prever todas as maneiras pelas quais “um monopolista reincidente como o Google” tentará dominar um mercado, disse a advogada do departamento de justiça, Julia Tarver Wood, ao tribunal.
“Hoje o departamento de justiça reconheceu que a resolução proposta pelo Google para a tecnologia de anúncios aborda integralmente a decisão do Tribunal sobre responsabilidade”, disse Lee-Anne Mulholland, vice-presidente de assuntos regulatórios do Google, em comunicado após a audiência. “As propostas adicionais do departamento de justiça para forçar a separação de nossas ferramentas de tecnologia de anúncios vão muito além das conclusões do Tribunal, não têm base legal e prejudicariam publishers e anunciantes”.
No mês passado, Birkema decidiu que o Google violou a lei antitruste nos mercados de trocas de anúncios e ferramentas usadas por sites para vender espaço publicitário, conhecidos como servidores de anúncios. Mas ela afirmou que a empresa não se enquadrava na definição de monopólio para um terceiro mercado de ferramentas usadas por anunciantes para comprar anúncios gráficos. Ela também interpretou que o Google exigia ilegalmente que os publishers da web usassem seu servidor de anúncios se quisessem obter todos os benefícios de sua troca de anúncios.
A decisão de Brinkema marcou a segunda vez no ano que o Google foi considerado monopolista por um Tribunal. O departamento de justiça também está forçando a Alphabet a vender o navegador Chrome.
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