Desafios alimentares no TikTok geram preocupação. Conheça as tendências mais perigosas

Um dos casos mais mediáticos foi o Paqui's One Chip Challenge, que propunha o consumo de uma única tortilha ultra picante feita com duas das pimentas mais fortes na escala de Scoville, resultando na morte de um jovem.

Abr 12, 2025 - 12:13
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Desafios alimentares no TikTok geram preocupação. Conheça as tendências mais perigosas

As redes sociais evoluíram nos últimos anos para verdadeiros centros de (des)informação, entretenimento e tendências virais que têm moldado comportamentos e tendências globais. Plataformas como o TikTok impulsionaram criadores de conteúdo como, por exemplo, Keith Lee e Nara Smith rumo ao estrelato, especialmente no universo da gastronomia. No entanto, esse boom também trouxe um lado sombrio: os desafios alimentares perigosos.

“Normalmente, as tendências alimentares perigosas estão relacionadas com os ‘desafios do TikTok’, como o One Chip Challenge ou o Benadryl Challenge,” alerta o médico de família Dr. Mike Sevilla, da Salem Family Care, em declarações à Delish. Um dos casos mais mediáticos foi o Paqui’s One Chip Challenge, que propunha o consumo de uma única tortilha ultra picante feita com duas das pimentas mais fortes na escala de Scoville (medida científica para a pungência de uma determinada pimenta): a Carolina Reaper e Naga Viper.

O desafio ganhou notoriedade após a morte de Harris Wolobah, um estudante de 14 anos, em setembro de 2023, poucas horas depois de consumir a tortilha. Consequentemente, a marca retirou o produto do mercado, e a causa da morte foi confirmada em maio de 2024 pelo Massachusetts Office of the Chief Medical Examiner: ingestão de elevada quantidade de extrato de pimenta.

Mas este caso não é isolado. Outros desafios igualmente preocupantes continuam a circular, como o Nutmeg Challenge (consumo excessivo de noz-moscada para obter efeitos alucinógenos) e o Chugging Sprite Challenge (ingerir uma garrafa inteira de Sprite sem arrotar).

Num universo onde a viralidade muitas vezes ultrapassa a razão, especialistas apelam à consciencialização e ao bom senso, lembrando que nem todas as tendências merecem ser seguidas, especialmente quando colocam vidas em risco.