Derramamento de petróleo no Equador atinge 15.000 pessoas

Prefeito de Quinindé, área afetada, diz que cerca de 2.000 famílias “basicamente não têm água”; incidente contaminou 5 rios

Mar 18, 2025 - 15:31
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Derramamento de petróleo no Equador atinge 15.000 pessoas

Pelo menos 15.000 pessoas foram afetadas pelo derramamento de petróleo, na região de Quinindé (Equador), disse na 2ª feira (17.mar.2025) o prefeito da cidade, Ronald Moreno. Ele afirmou que 5 rios foram contaminados. 

Um deslizamento de terra causado por fortes chuvas danificou um oleoduto do SOTE (sigla para Sistema de Oleoduto Transequatoriano) na 5ª feira (13.mar). O incidente provocou o vazamento de dezenas de milhares de barris de petróleo. 

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Estamos com 4.500 famílias afetadas, ou seja, cerca de 15.000 cidadãos que, neste momento, praticamente não conseguem respirar”, disse Moreno em entrevista ao canal Ecuavisa.

Conforme o prefeito, a região está sendo afetada por altas temperaturas e umidade elevada. “Isso faz com que, durante a noite, sejam emitidos gases que dificultam a respiração dos moradores que vivem às margens dos rios”, declarou. É o pior derramamento de petróleo que tivemos nos últimos tempos” afirmou o prefeito. 

Moreno declarou que cerca de 2.000 famílias “basicamente não têm água”. 

O Ministério do Meio Ambiente, Água e Transição Ecológica do Equador disse em nota que “está reforçando a gestão dos recursos hídricos para beneficiar as famílias” afetadas. 

Foi elaborado um plano para identificar os locais onde o fornecimento de água deve ser priorizado”, disse o órgão, citando hospitais, mercados, creches e instituições de assistência humanitária. 

Em coordenação com a Cruz Vermelha Equatoriana, foram monitorados 4 pontos que podem servir como fontes alternativas de captação de água, possibilitando sua purificação e contribuindo para o abastecimento feito pelos caminhões-pipa”, lê-se na nota. 

Também estão sendo distribuídos kits de higiene para famílias afetadas. 

Depois do derramamento do petróleo, o bombeamento de petróleo pelo SOTE foi suspenso. Barreiras de contenção e diques foram implantadas. 

O governo declarou emergência ambiental e coordenará a resposta ambiental, supervisionará a limpeza das áreas afetadas e verificará a qualidade do solo e da água. 

O Ministério de Energia e Minas disse em nota que “avaliará a infraestrutura afetada e implementará medidas para evitar novos incidentes”.