DeepSeek democratiza uso da IA generativa, diz diretor da NVIDIA no Web Summit
O DeepSeek chacoalhou o mundo da inteligência artificial no começo do ano, ao oferecer um meio mais acessível para utilizar a tecnologia. Para o diretor da NVIDIA Enterprise para a América Latina, Marcio Aguiar, esse avanço proporcionou uma democratização no uso da IA generativa nas empresas. Entenda a nomenclatura das placas de vídeo Nvidia GeForce Quais são as diferenças entre placas de vídeo NVIDIA e AMD? A declaração ocorreu durante uma coletiva de imprensa no Web Summit Rio, nesta segunda-feira (28), evento de tecnologia e inovação realizado no Rio de Janeiro (RJ). Durante a explicação sobre robótica no campo da physical AI, próximo passo da inteligência artificial, Aguiar pontuou que a NVIDIA vem de uma evolução que passa pelo mercado de games, computação gráfica e de computação de alto desempenho, entre outras frentes, até chegar na inteligência artificial, e que tudo isso se retroalimenta. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Diante desse cenário, Marcio relembrou um dos pontos de maior destaque durante o “boom” do DeepSeek, no começo de 2025: o baixo custo de funcionamento da IA chinesa, sem perder a qualidade. Na época, as ações da Nvidia até chegaram a cair. “O DeepSeek simplesmente veio para democratizar o uso de IA generativa nas empresas, porque, até então, muitas se depararam ‘caramba, tenho que comprar 10 mil GPUs para fazer isso, eu não tenho dinheiro para isso’. Não”, afirmou. Neste caso, a IA chinesa é vista como um “resultado da IA generativa”, devido à criação de modelos menores e com tamanha capacidade, que dá um resultado a curto prazo. Além disso, a plataforma auxiliou os negócios da NVIDIA. “Para nós, foi ótimo, porque agora a gente consegue chegar em mais empresas, e elas conseguem com mais conforto começar a jornada delas na inteligência artificial”, concluiu. Marcio Aguiar, diretor de vendas para América Latina da NVIDIA Enterprise (Imagem: Bruno De Blasi/Canaltech) Atrito entre Estados Unidos e China Ao ser questionado sobre os impactos da guerra tarifária entre China e Estados Unidos, Aguiar destacou que a NVIDIA é uma empresa americana, com entendimento das regras impostas pelo governo, mas que esse não é um posicionamento da companhia com outros países. “O mundo todo tem um deadline em 15 de maio para ver se algumas regras serão mantidas ou não. Enquanto isso, a gente continua trabalhando com o mesmo propósito: desenvolver software, otimizando hardware, focado nos nossos desenvolvedores, nas indústrias que a gente tem essa responsabilidade”, disse. “É algo que foge do nosso controle.” O executivo ainda lembrou que a empresa trabalha desde 2023 com certas restrições nas vendas de placas de vídeo para a China, um mercado muito importante para a NVIDIA, e que recentemente vieram mais restrições. “Não é só penalizando a NVIDIA. Na verdade, prejudica todo o ecossistema, porque as empresas hyperscalers usam as nossas GPUs e oferecem como serviço. Elas também não podem oferecer isso. Não é o melhor cenário, mas esperamos que isso mude em breve”, afirma. IA é para todos os departamentos Durante uma palestra realizada no Web Summit Rio, o diretor da NVIDIA ressaltou que a inteligência artificial não é voltada apenas para setors de negócios, mas, sim, para todos os departamentos de empresas nos dias atuais. “É importante que cada departamento interaja com os outros, para que você possa criar todos os seus modelos de linguagem personalizados e, então, poder decompor e extrair as melhores informações para o seu negócio”, pontuou Marcio Aguiar. A ideia é que os sistemas de IA, especialmente durante a fase atual, da IA agêntica, facilite as atividades no dia a dia das empresas em diversas áreas, como atendimento ao cliente e geração de código. O executivo também destacou a IA física como o próximo grande passo para a evolução do campo da inteligência artificial, com a aplicação da tecnologia em campos da robótica para facilitar auxiliar em ações cotidianas. Confira outras matérias do Canaltech: Como a IA afeta o nosso cérebro? Neurocientista explica 5 diferenças entre a chinesa DeepSeek e o ChatGPT DeepSeek, Qwen e mais: conheça 5 IAs chinesas VÍDEO: Como saber se meu Samsung vai atualizar pelas informações da página Security Updates para Android Leia a matéria no Canaltech.

O DeepSeek chacoalhou o mundo da inteligência artificial no começo do ano, ao oferecer um meio mais acessível para utilizar a tecnologia. Para o diretor da NVIDIA Enterprise para a América Latina, Marcio Aguiar, esse avanço proporcionou uma democratização no uso da IA generativa nas empresas.
- Entenda a nomenclatura das placas de vídeo Nvidia GeForce
- Quais são as diferenças entre placas de vídeo NVIDIA e AMD?
A declaração ocorreu durante uma coletiva de imprensa no Web Summit Rio, nesta segunda-feira (28), evento de tecnologia e inovação realizado no Rio de Janeiro (RJ).
Durante a explicação sobre robótica no campo da physical AI, próximo passo da inteligência artificial, Aguiar pontuou que a NVIDIA vem de uma evolução que passa pelo mercado de games, computação gráfica e de computação de alto desempenho, entre outras frentes, até chegar na inteligência artificial, e que tudo isso se retroalimenta.
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Diante desse cenário, Marcio relembrou um dos pontos de maior destaque durante o “boom” do DeepSeek, no começo de 2025: o baixo custo de funcionamento da IA chinesa, sem perder a qualidade. Na época, as ações da Nvidia até chegaram a cair.
“O DeepSeek simplesmente veio para democratizar o uso de IA generativa nas empresas, porque, até então, muitas se depararam ‘caramba, tenho que comprar 10 mil GPUs para fazer isso, eu não tenho dinheiro para isso’. Não”, afirmou.
Neste caso, a IA chinesa é vista como um “resultado da IA generativa”, devido à criação de modelos menores e com tamanha capacidade, que dá um resultado a curto prazo.
Além disso, a plataforma auxiliou os negócios da NVIDIA. “Para nós, foi ótimo, porque agora a gente consegue chegar em mais empresas, e elas conseguem com mais conforto começar a jornada delas na inteligência artificial”, concluiu.
Atrito entre Estados Unidos e China
Ao ser questionado sobre os impactos da guerra tarifária entre China e Estados Unidos, Aguiar destacou que a NVIDIA é uma empresa americana, com entendimento das regras impostas pelo governo, mas que esse não é um posicionamento da companhia com outros países.
“O mundo todo tem um deadline em 15 de maio para ver se algumas regras serão mantidas ou não. Enquanto isso, a gente continua trabalhando com o mesmo propósito: desenvolver software, otimizando hardware, focado nos nossos desenvolvedores, nas indústrias que a gente tem essa responsabilidade”, disse. “É algo que foge do nosso controle.”
O executivo ainda lembrou que a empresa trabalha desde 2023 com certas restrições nas vendas de placas de vídeo para a China, um mercado muito importante para a NVIDIA, e que recentemente vieram mais restrições.
“Não é só penalizando a NVIDIA. Na verdade, prejudica todo o ecossistema, porque as empresas hyperscalers usam as nossas GPUs e oferecem como serviço. Elas também não podem oferecer isso. Não é o melhor cenário, mas esperamos que isso mude em breve”, afirma.
IA é para todos os departamentos
Durante uma palestra realizada no Web Summit Rio, o diretor da NVIDIA ressaltou que a inteligência artificial não é voltada apenas para setors de negócios, mas, sim, para todos os departamentos de empresas nos dias atuais.
“É importante que cada departamento interaja com os outros, para que você possa criar todos os seus modelos de linguagem personalizados e, então, poder decompor e extrair as melhores informações para o seu negócio”, pontuou Marcio Aguiar.
A ideia é que os sistemas de IA, especialmente durante a fase atual, da IA agêntica, facilite as atividades no dia a dia das empresas em diversas áreas, como atendimento ao cliente e geração de código.
O executivo também destacou a IA física como o próximo grande passo para a evolução do campo da inteligência artificial, com a aplicação da tecnologia em campos da robótica para facilitar auxiliar em ações cotidianas.
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