Comissão Europeia alerta para cosméticos perigosos importados da China
A Comissão Europeia lançou um alerta para os consumidores europeus ao constatar o aumento de produtos identificados como perigosos no espaço europeu.


A Comissão Europeia lançou um alerta para os consumidores europeus ao constatar o aumento de produtos identificados como perigosos no espaço europeu.
Segundo dados revelados pela Comissão esta quarta-feira, registaram-se em 2023 mais de quatro mil alertas de produtos perigosos no espaço comunitário, sendo que os cosméticos representam 36% destes, o número mais elevado desde que o sistema de alerta rápido foi criado, em 2003.
Segundo Bruxelas, cerca de 40% dos produtos inseguros detetados foram importados da China, refletindo a crescente preocupação com o aumento de importações de baixo custo através do comércio eletrónico.
Dentro destes, os produtos mais perigosos são os químicos, como é o caso da BMHCA, uma substância sintética proibida na UE por afetar o sistema reprodutivo. Também foram identificados riscos em líquidos para vaporizadores, vestuário, joalharia, brinquedos, eletrodomésticos e veículos motorizados.
Estima-se que os consumidores europeus tenham recebido mais de 4 mil milhões de encomendas de baixo valor no ano passado, das quais cerca de 90% foram enviadas diretamente da China e, por serem isentas de taxas alfandegárias, raramente inspecionadas.
A Comissão Europeia, neste âmbito, já tinha proposto em fevereiro responsabilizar as plataformas de e-commerce pela venda de produtos perigosos ou ilegais e eliminar a isenção de taxas aduaneiras para bens com valor inferior a 150 euros. Está também em cima da mesa a criação de uma autoridade aduaneira da UE.