Cientistas descobrem um dos compostos mais amargos do mundo em cogumelo
Substância ativa receptores gustativos humanos mesmo em concentrações mínimas e pode abrir caminhos para pesquisas em alimentação e saúde O post Cientistas descobrem um dos compostos mais amargos do mundo em cogumelo apareceu primeiro em Olhar Digital.

Pesquisadores dos Institutos Leibniz, na Alemanha, isolaram três novos compostos extremamente amargos do cogumelo Amaropostia stiptica — uma espécie pouco conhecida, mas encontrada em florestas da Europa, Ásia e América do Norte.
Um desses compostos, chamado oligoporina D, mostrou-se capaz de ativar um receptor de sabor amargo humano (TAS2R46) em concentrações incrivelmente pequenas — o equivalente a um grama diluído em mais de 100 mil litros de água.
O estudo está publicado no Journal of Agricultural and Food Chemistry.
A descoberta pode representar uma das substâncias mais amargas conhecidas até hoje. Os testes foram realizados com células humanas em laboratório e revelaram como esses compostos interagem com os 25 tipos de receptores gustativos amargos identificados no corpo humano.
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Sabor amargo não significa substância tóxica
- Embora o amargor esteja associado a um mecanismo de defesa contra substâncias tóxicas, a relação entre sabor amargo e toxicidade nem sempre é direta.
- Algumas toxinas perigosas não são amargas, enquanto compostos extremamente amargos, como os do cogumelo estudado, podem ser inofensivos.
- Além disso, receptores de amargor estão presentes não apenas na boca, mas também em órgãos como intestino, coração e pulmões, levantando novas questões sobre sua função no organismo.
Descobertas do estudo podem levar a avanços importantes
Os cientistas esperam que essas descobertas, aliadas ao uso de modelos preditivos e à ampliação de bancos de dados como o BitterDB, contribuam para entender melhor os efeitos fisiológicos dos compostos amargos e suas possíveis aplicações em alimentos e saúde — como o desenvolvimento de produtos que modulam a digestão e a saciedade.

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