“Chineses vão tentar invadir a Europa”, alerta ministro Castro Almeida

“Os chineses, quando tiverem de enfrentar barreiras de mais de 100%, vão tentar invadir a Europa do ponto de vista comercial. Vai ser dramático para o nosso sistema económico.” A consequência é apontada por Manuel Castro Almeida na sequência da guerra tarifária que “não vai deixar nada como antes”. “Há um clima de instabilidade que […]

Abr 11, 2025 - 19:06
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“Chineses vão tentar invadir a Europa”, alerta ministro Castro Almeida

“Os chineses, quando tiverem de enfrentar barreiras de mais de 100%, vão tentar invadir a Europa do ponto de vista comercial. Vai ser dramático para o nosso sistema económico.” A consequência é apontada por Manuel Castro Almeida na sequência da guerra tarifária que “não vai deixar nada como antes”.

Há um clima de instabilidade que não augura nada de bom e temos de nos tornar resistentes às dificuldades que se avizinham”, disse Castro Almeida, esta sexta-feira, num evento sobre o Plano de Recuperação e Resiliência, no Museu de Arqueologia, temporariamente fechado, mas que abriu portas para acolher a iniciativa. O Museu está a ser intervencionado com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência.

Qualquer que seja o futuro da guerra comercial agora iniciada, nada vai ficar na mesma“, vaticinou Castro Almeida. “A confiança, a estabilidade e a previsibilidade ficaram afetadas e mesmo que a guerra comercial não tenha uma relação direta com Portugal, a remanescente tensão entre os EUA e a China terá “efeitos enormes” na Europa.

Recordando que o PRR surgiu com a pandemia -– “a Europa estava paralisada, havia necessidade e criar condições para pôr a Europa a mexer” –, o ministro Adjunto lembrou que “seja pela pandemia, guerras militares ou comerciais o nosso dever é enfrentar as adversidades”, sublinhou.

No dia anterior, o Executivo anunciou um pacote de dez mil milhões de euros para ajudar as empresas a mitigar os impactos da guerra tarifária, que todos os dias ganha um novo capítulo. O desta sexta-feira foi a decisão de Pequim de aumentar para 125% as taxas impostas sobre produtos oriundos dos Estados Unidos, mantendo a política de retaliar os aumentos das tarifas sobre bens chineses decretados por Washington.