China deve anunciar R$ 27 bilhões em investimentos no Brasil durante Fórum em Pequim
O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, antecipou nesta segunda-feira, 12, que empresas chinesas devem anunciar investimentos superiores a R$ 27 bilhões no Brasil. A informação foi divulgada durante o Fórum de Negócios Brasil-China, realizado em Pequim. O evento ocorre com a participação de representantes dos setores econômicos […] O post China deve anunciar R$ 27 bilhões em investimentos no Brasil durante Fórum em Pequim apareceu primeiro em O Cafezinho.

O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, antecipou nesta segunda-feira, 12, que empresas chinesas devem anunciar investimentos superiores a R$ 27 bilhões no Brasil. A informação foi divulgada durante o Fórum de Negócios Brasil-China, realizado em Pequim.
O evento ocorre com a participação de representantes dos setores econômicos dos dois países e foi organizado a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sendo tratado como o principal encontro bilateral dos últimos anos, de acordo com autoridades envolvidas. A iniciativa tem como foco o fortalecimento das relações comerciais e a ampliação da presença brasileira no mercado chinês.
“A China é o mais importante parceiro comercial do Brasil. O fluxo de comércio é de US$ 160 bilhões com a China, que hoje é o objeto de desejo para muitos produtos do mundo, por conta do volume de suas importações. O Brasil é um parceiro extraordinário… Os presidentes Lula, que agora preside os BRICS, e Xi Jinping, realizam um ambiente de negócios de mão dupla”, declarou Jorge Viana durante sua participação no fórum.
Os anúncios previstos englobam não apenas novos aportes no território brasileiro, mas também a ampliação do acesso de produtos brasileiros ao mercado chinês. A abertura de novos canais comerciais, segundo Viana, faz parte de uma estratégia de cooperação voltada para o longo prazo.
Entre os projetos estratégicos discutidos no fórum está a Ferrovia Bioceânica, considerada por Viana como essencial para o aumento da competitividade no transporte de mercadorias entre a América do Sul e a Ásia. O projeto prevê a conexão ferroviária entre o Brasil e o Oceano Pacífico, por meio do território peruano, alcançando o Porto de Chancay.
Segundo o presidente da ApexBrasil, a ferrovia funcionaria como alternativa ao Canal do Panamá, reduzindo o tempo e os custos logísticos das exportações sul-americanas ao mercado asiático. “Os chineses querem financiar essa ferrovia já faz alguns anos”, afirmou.
A proposta de ligação ferroviária contempla um traçado adaptado às características ambientais da região amazônica e visa diminuir o impacto ambiental em relação a outras rotas logísticas. “O projeto da ferrovia, chegando ao Porto de Chancay, no Peru, cria uma alternativa ao Canal do Panamá menos danos ao meio ambiente e que se adequa às condições da Amazônia”, explicou Viana.
O encontro em Pequim ocorre em meio a um cenário internacional marcado por disputas comerciais envolvendo grandes potências. De acordo com Viana, o ambiente bilateral entre Brasil e China é visto como um contraponto ao aumento de tarifas e barreiras comerciais promovido por outros países.
“A maior economia do mundo tensiona o planeta com tarifas e barreiras. Aqui ocorre um crescimento num mar tranquilo, com base na cooperação e no multilateralismo. Para os negócios, é tudo que uma pessoa quer”, disse.
As tratativas conduzidas durante o Fórum Brasil-China fazem parte de uma agenda mais ampla de fortalecimento da parceria estratégica entre os dois países, que inclui ações no âmbito do grupo BRICS, investimentos em infraestrutura, expansão do comércio agrícola e cooperação em setores tecnológicos.
Os detalhes completos dos novos investimentos e dos acordos comerciais serão formalizados ao longo dos próximos dias, com a participação de autoridades de ambos os países e representantes do setor privado.
Segundo a ApexBrasil, o relacionamento comercial com a China representa atualmente a maior fonte de receita para o setor exportador brasileiro. Entre os principais produtos embarcados estão soja, minério de ferro, petróleo bruto, carnes e celulose. Com a possível abertura de novos mercados, outros segmentos poderão ser incluídos nas pautas de exportação.
O governo brasileiro também vê nas parcerias com empresas chinesas uma oportunidade para impulsionar setores como energia, logística, manufatura e tecnologia. A expectativa, segundo interlocutores do governo, é que os acordos firmados nesta edição do fórum gerem efeitos de médio e longo prazo sobre o desempenho da balança comercial brasileira.
O Fórum Brasil-China é promovido pela ApexBrasil em parceria com o Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) e autoridades do governo chinês, e reúne empresários, investidores, diplomatas e membros dos governos dos dois países. A programação inclui rodadas de negócios, apresentações institucionais, painéis setoriais e encontros bilaterais.
O evento também marca uma etapa da presidência brasileira no BRICS, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, sob a liderança de Lula neste ano. A articulação com a China, nesse contexto, é considerada estratégica para consolidar uma frente de cooperação multilateral e de ampliação da influência comercial do Brasil no continente asiático.
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