China anuncia duro aumento de tarifas sobre produtos dos EUA em resposta a medidas de Trump
O governo da China informou nesta terça-feira, 9, que aumentará de 34% para 84% a alíquota de tarifas adicionais aplicadas a todas as importações de origem norte-americana. A medida passa a valer a partir de quinta-feira, 10, segundo comunicado divulgado no site oficial do Ministério das Finanças. A decisão foi tomada pelo Comitê de Tarifas […] O post China anuncia duro aumento de tarifas sobre produtos dos EUA em resposta a medidas de Trump apareceu primeiro em O Cafezinho.

O governo da China informou nesta terça-feira, 9, que aumentará de 34% para 84% a alíquota de tarifas adicionais aplicadas a todas as importações de origem norte-americana. A medida passa a valer a partir de quinta-feira, 10, segundo comunicado divulgado no site oficial do Ministério das Finanças.
A decisão foi tomada pelo Comitê de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado e representa uma retaliação direta às ações recentes do governo dos Estados Unidos, que também elevou para 84% as tarifas incidentes sobre produtos chineses.
A autoridade chinesa afirmou que a ação norte-americana viola os direitos comerciais do país e contraria normas do comércio internacional.
“A escalada tarifária dos Estados Unidos é um erro sobre outro erro, que infringe seriamente os direitos legítimos da China e prejudica gravemente o sistema multilateral de comércio baseado em regras”, declarou o Comitê de Tarifas Aduaneiras no comunicado oficial.
A nota indica que a medida está fundamentada na Lei de Tarifas, na Lei Aduaneira e na Lei de Comércio Exterior da República Popular da China. Também menciona respaldo nos princípios do direito internacional. O documento esclarece ainda que permanecem válidas as diretrizes do “Anúncio nº 4 de 2025”, com exceção do percentual tarifário, que foi modificado.
O novo percentual será aplicado a todos os bens norte-americanos que ingressarem no território chinês, abrangendo produtos agrícolas, industriais e tecnológicos. A medida intensifica o conflito comercial entre os dois países, cujo histórico de disputas se agravou após a retomada do governo Trump em janeiro deste ano.
Desde a posse de Donald Trump para um novo mandato presidencial, os Estados Unidos anunciaram uma série de ações econômicas direcionadas à China, incluindo aumentos tarifários e restrições a setores considerados estratégicos. A nova alíquota aplicada pelos chineses surge como resposta direta e amplia a instabilidade nas relações comerciais bilaterais.
Nos últimos anos, os dois países chegaram a negociar acordos temporários que resultaram na suspensão de algumas tarifas. No entanto, desde o início de 2025, os entendimentos anteriores foram revistos, e as ações de retaliação voltaram a dominar a agenda entre Washington e Pequim.
A decisão do governo chinês foi publicada em meio a uma série de comunicados oficiais que sinalizam endurecimento na política comercial externa do país. A elevação da alíquota é interpretada por analistas como parte de uma estratégia mais ampla de resposta à postura norte-americana em fóruns multilaterais e acordos comerciais.
O impacto da medida deverá ser sentido em diversos setores da economia norte-americana, especialmente entre exportadores agrícolas e indústrias que mantêm forte presença no mercado chinês. Empresas dos setores de soja, milho, carne, semicondutores e equipamentos industriais poderão ser afetadas de forma direta.
A retaliação também deve repercutir nos mercados financeiros, com possíveis ajustes nas bolsas de valores e nas expectativas de crescimento econômico em ambas as nações.
Organizações internacionais acompanham os desdobramentos do conflito e alertam para o risco de desaceleração no comércio global caso as tensões se mantenham ou se ampliem nos próximos meses.
Nos bastidores diplomáticos, há expectativa por novas rodadas de negociação entre representantes dos dois países, embora nenhuma reunião tenha sido oficialmente confirmada até o momento.
Interlocutores do governo chinês indicam que futuras decisões dependerão da postura norte-americana e da adesão aos princípios estabelecidos em organismos como a Organização Mundial do Comércio (OMC).
O anúncio desta terça-feira marca a primeira resposta tarifária de grande escala por parte da China desde a volta de Trump à presidência. O governo norte-americano, até o momento, não se pronunciou oficialmente sobre a nova tarifa imposta por Pequim.
Especialistas observam que o cenário atual reflete o retorno a uma política de confronto direto entre as maiores economias do mundo, em contraste com os esforços anteriores de redução de tensões. A situação também levanta questionamentos sobre os próximos passos da política externa comercial dos Estados Unidos e sua repercussão nos mercados internacionais.
A aplicação simultânea de tarifas de 84% por ambos os países cria um ambiente de incerteza para empresas e investidores que dependem do fluxo bilateral de bens e serviços. O volume de comércio entre China e Estados Unidos, que ultrapassou US$ 700 bilhões em 2024, poderá sofrer retrações significativas caso as tarifas permaneçam em vigor por tempo prolongado.
O Ministério das Finanças da China informou que manterá atualizações sobre a situação tarifária por meio de seus canais oficiais.
Com informações da Guancha
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