ChatGPT consegue adivinhar o local de fotos
Não que eu me orgulhe disso, mas a verdade é que perdi o fio da meada dos lançamentos da OpenAI. Na quarta (16), a empresa anunciou dois novos modelos, o3 e o4-mini, com curiosos desdobramentos. O o3 é definido pela OpenAI como “o nosso mais poderoso modelo de raciocínio”; o o4-mini, um “modelo menor otimizado […]

Não que eu me orgulhe disso, mas a verdade é que perdi o fio da meada dos lançamentos da OpenAI. Na quarta (16), a empresa anunciou dois novos modelos, o3 e o4-mini, com curiosos desdobramentos.
O o3 é definido pela OpenAI como “o nosso mais poderoso modelo de raciocínio”; o o4-mini, um “modelo menor otimizado para raciocínio rápido e eficiente em custo”. Ambos são acessíveis pela interface do ChatGPT e são capazes de lidar com vários ferramentais, como a análise de arquivos enviados.
Um dos exemplos dados pela OpenAI no anúncio oficial, do tipo “pensar com imagens”, parece ter disparado uma nova febre: descobrir a localização de imagens a partir delas próprias, uma espécie de pesquisa reversa ou, como tem se falado nas redes sociais, “o fim do Geoguesser”.
O TechCrunch notou que o o3 não é muita coisa melhor que o GPT-4o, um modelo anterior e mais rápido, e que não é perfeito, errando os locais de várias imagens e, às vezes, sequer conseguindo dar um palpite. De qualquer modo, às vezes essa capacidade do ChatGPT assusta e cria, desde já, um novo vetor de paranoia com privacidade online: não basta mais limpar os metadados de fotos.
Pela própria natureza dos LLMs, é muito difícil distinguir avanços genuínos do entusiasmo da torcida. O Techmeme, um agregador do noticiário e de reações de gente da indústria da tecnologia, pescou este comentário de alguém no X:
Estou obcecada com o3. É muito melhor do que os modelos anteriores. Ele acabou de me ajudar a resolver uma questão psicológica/emocional com a qual tenho lidado há anos em três conversas (uma que não é socialmente aceitável compartilhar, e aqueles com quem eu compartilhei não ajudaram/não poderiam ajudar).
Fico me perguntando que tipo de “questão psicológica/emocional com a qual tenho lidado há anos” uma conversa com uma IA lançada há poucas horas poderia resolver.
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A blitz de lançamentos da OpenAI está surtindo efeito. Em março, puxado por “trends” como a do estúdio Ghibli e a das caixas de bonequinhos, o ChatGPT foi o aplicativo mais baixado do mundo, segundo a consultoria Appfigures, desbancando Instagram e TikTok, líderes habituais nos últimos meses.
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Nesta quinta (17), o Google liberou o Gemini 2.5 Flash, que “oferece uma grande atualização nas capacidades de raciocínio, ao mesmo tempo em que continua a priorizar a velocidade e o custo”. Talvez esse novo modelo consiga adivinhar a cor das nossas roupas íntimas e trazer a paz mundial.