Caso Colgate: empresa recorre e Anvisa libera venda de creme dental
Empresa ressalta que seu produto não oferece nenhum risco, mas que algumas pessoas podem ter sensibilidade a alguns dos ingredientes O post Caso Colgate: empresa recorre e Anvisa libera venda de creme dental apareceu primeiro em Olhar Digital.

Na noite desta quinta-feira (27), a Colgate obteve vitória com recurso para retomar a venda de seu creme dental de modelo Clean Mint, após a Anvisa ter proibido a comercialização do produto na tarde desta quinta-feira (27).
A decisão foi tornada pública em comunicado oficial no Diário Oficial da União (DOU) em decorrência de relatos que indicam efeitos colaterais após a utilização do produto.

Em nota enviada ao UOL, a Colgate explicitou que a decisão da agência “não implica em recolhimento do produto“, tendo conseguido impedir a interdição automática, mantendo o creme dental nas prateleiras de supermercados, mercados e farmácias de todo o Brasil.
A companhia deu prosseguimento na nota: “Seguimos tomando todas as medidas cabíveis para interagir com a Anvisa e demonstrar a segurança do produto“.
A Colgate ressalta, ainda, que seu produto não oferece nenhum risco, mas que algumas pessoas podem ter sensibilidade a alguns dos ingredientes, tais como sabores, corantes e fluoreto de estanho.
“Nossas equipes estão preparadas para esclarecer quaisquer dúvidas sobre o creme dental Total Clean Mint com autoridades, profissionais, clientes e consumidores”, garante.
Consumidores se queixaram da Colgate e Anvisa agiu
- As notificações, compiladas pela agência reguladora, somam oito ocorrências, que abrangem 13 episódios de manifestações nocivas relacionadas à higiene bucal;
- Dentre as queixas, estão: quadros de inchaço em tecido amigdaliano, labial e mucoso da cavidade oral, além de reações como queimação, anestesia labial e da região interna da boca, secura da mucosa, inflamação gengival e áreas de rubor;
- O produto em questão, Clean Mint, é reinvenção de um dos cremes dentais mais difundidos da marca, o Colgate Total 12;
- A fabricante implementou modificações na composição e rotulagem do produto em julho de 2024, usando o fluoreto de estanho no lugar do fluoreto de sódio.
Procon-SP também pede esclarecimentos à Colgate
O Procon-SP também acionou a Colgate, demandando esclarecimentos em prazo de 24 horas sobre as medidas que estão sendo tomadas diante dos relatos de reações adversas associadas ao uso do produto.
Dentre os pontos que a Colgate deve abordar, destaca-se a necessidade de orientar os consumidores sobre como identificar os produtos afetados, os lotes específicos envolvidos e as precauções a serem tomadas por aqueles que já adquiriram ou foram impactados pelo creme dental.

O Procon-SP também solicita que a empresa apresente um plano de ação abrangente para minimizar os impactos negativos sobre os consumidores e requisitou o envio de imagens e uma unidade (vazia) da embalagem do Colgate Clean Mint para análise de seus especialistas.
A medida visa investigar minuciosamente a formulação do produto e como suas características foram divulgadas e promovidas em campanhas publicitárias.
O que disseram os envolvidos
O Olhar Digital entrou em contato com Colgate, Anvisa e Procon/SP e espera retorno.
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