Casa Branca ataca Amazon por indicar custo das tarifas de Trump

A Casa Branca atacou esta terça-feira a Amazon, depois de a multinacional de comércio eletrónico do magnata Jeff Bezos ter decidido indicar no preço dos produtos o custo das tarifas impostas pelo Presidente dos Estados Unidos. “Trata-se de um ato hostil e político da Amazon”, denunciou a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, numa conferência […]

Abr 29, 2025 - 18:17
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Casa Branca ataca Amazon por indicar custo das tarifas de Trump

A Casa Branca atacou esta terça-feira a Amazon, depois de a multinacional de comércio eletrónico do magnata Jeff Bezos ter decidido indicar no preço dos produtos o custo das tarifas impostas pelo Presidente dos Estados Unidos.

“Trata-se de um ato hostil e político da Amazon”, denunciou a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, numa conferência de imprensa com o secretário do Tesouro, Scott Bessent. Leavitt questionou a Amazon por não ter tomado a mesma decisão quando a anterior administração de Joe Biden “levou a inflação ao nível mais alto em 40 anos”.

A porta-voz disse ainda que a medida da Amazon “não surpreende” porque Bezos tem laços comerciais com o governo chinês. Esta é outra razão pela qual os norte-americanos devem comprar produtos norte-americanos. É outra razão pela qual estamos a deslocalizar as cadeias de abastecimento aqui em casa”, disse.

Durante a campanha eleitoral, Bezos impediu o The Washington Post, jornal de que é proprietário, de apoiar abertamente a candidata presidencial democrata Kamala Harris, quebrando uma tradição de décadas no jornal. Bezos teve um lugar privilegiado na tomada de posse de Donald Trump, em janeiro passado, ao lado de outros grandes empresários da tecnologia, como Elon Musk e Mark Zuckerberg.

Os Estados Unidos impuseram direitos aduaneiros de 10% a todos os produtos que entram no país. Antes disso, Donald Trump já tinha aplicado taxas de 25% sobre o aço, o alumínio e os automóveis.

Posteriormente, o Presidente norte-americano concedeu uma trégua de 90 dias na guerra comercial à escala mundial, para permitir que os países afetados negociassem com os Estados Unidos, com exceção da China, que viu as tarifas sobre os produtos aumentarem para 145%. Pequim retaliou com taxas alfandegárias adicionais de 125% sobre produtos norte-americanos.