Brasil reduz casos de malária em 26,8% no primeiro trimestre do ano
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta sexta-feira (25/4) que o uso de novas tecnologias e uma maior atenção a áreas vulneráveis impulsionam queda nos casos e mortes pela doença no país

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (25/4), Dia Mundial da Malária, revelam uma redução de 26,8% nos casos da doença registrados entre janeiro e março deste ano. Foram 25.473 ocorrências no primeiro trimestre, em comparação às 34.807 notificações no mesmo período de 2024.
Além da diminuição no número de infecções, as mortes também caíram: foram 43 óbitos nos três primeiros meses do ano, contra 63 no ano passado — uma queda de 27%.
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Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, boa parte dessa melhora é reflexo direto da intensificação da vigilância e do uso de tecnologias mais eficientes. Durante evento hoje na Academia Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro, ele destacou o papel fundamental das inovações no avanço contra a malária. Entre elas, o uso de testes rápidos e o antimalárico tafenoquina, um medicamento de dose única classificado como inovador pela pasta.
“Treinamos quase 3 mil profissionais de saúde e tratamos mais de 7 mil pessoas. A meta é ampliar esse acesso em todo o país até 2026”, afirmou o ministro.
A tafenoquina tem sido usada em 49 municípios espalhados por seis estados — Amazonas, Roraima, Pará, Rondônia, Amapá e Acre — além de nove Distritos Sanitários Indígenas. A previsão é que a medicação seja implementada na região extra-amazônica a partir de maio e, em junho, chegue a duas áreas do Mato Grosso. Uma versão pediátrica do remédio também está em processo de análise para ser incorporada ao SUS, com avaliação inicial favorável da Conitec.
Com 99% dos casos concentrados na Amazônia Legal — englobando estados como Acre, Amazonas, Maranhão, Tocantins e Rondônia — a pasta da Saúde adotou estratégias específicas para áreas vulneráveis, como garimpos e assentamentos, que já apresentaram queda de 27,5% e 11% nos casos, respectivamente.
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Padilha destacou, na ocasião, que a malária fora da Amazônia, embora menos frequente, apresenta maior letalidade. “Por isso, vamos adotar um sistema de vigilância específico para estados com registros fora da Amazônia. É preciso criar alertas e ações direcionadas para esses territórios” , concluiu.
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