Big techs desvalorizam R$ 4,3 trilhões em um dia; o que está por trás da crise?
Sete das principais big techs perderam mais de US$ 750 bilhões (cerca de R$ 4,3 trilhões) na última segunda-feira (10), com a Nasdaq apresentando a sua maior queda desde o ano de 2022. 5 erros mais comuns ao comprar um SSD e como evitá-los Você não deveria jogar games de PC no ultra; entenda por quê A maior parcela foi perdida pela Apple, que teve seu valor de mercado reduzido em US$ 174 bilhões. A NVIDIA perdeu quase US$ 140 bilhões e teve uma queda próxima a 5%. Já a Tesla, de Elon Musk, teve uma perda de valor de US$ 130 bilhões - o que representa 15% de seu valor, o que se tornou o pior dia para a companhia desde 2020. Microsoft, Alphabet, Amazon e o Meta perderam US$ 98 bilhões; US$ 95 bilhões, US$ 50 bilhões e US$ 70 bilhões respectivamente. Quem teve a maior redução foi a Alphabet e o Meta, que tiveram uma queda maior do que 4% de seu valor de mercado. Porém, o que tem causado tanto impacto nas big techs e na área de semicondutores? -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Recessão ameaça big techs Esta queda das big techs é uma “reação do mercado” ao caminho que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem tomado recentemente com suas decisões políticas. Ao impor e voltar atrás em relação às tarifas internacionais, ele criou um clima de incerteza e irritou investidores de todo o planeta - que temem que a economia tenha uma queda ou até enfrente uma recessão. O presidente Donald Trump tem gerado incerteza do mercado e pode trazer recessão (Imagem: Library of Congress/Unsplash) No domingo (9), o presidente dos EUA deu uma entrevista para a Fox News e não respondeu diretamente à uma pergunta feita: há riscos de acontecer uma recessão em 2025? Ao desviar da questão, investidores e a incerteza do mercado levaram às quedas abruptas vistas no dia seguinte. Para a emissora, Trump apenas revelou que os Estados Unidos podem enfrentar problemas, mas que sairá mais forte no futuro. “Odeio prever coisas assim. Este é um período de transição, porque o que estamos fazendo é algo grande. Estamos trazendo a riqueza de volta aos EUA. Isto é algo grande. Leva tempo, mas eu acho que será gigantesco para nós”, afirmou Donald Trump à Fox News. A incerteza no mercado e a imposição de tarifas estrangeiras gerou muitas discussões e desconforto - tanto às big techs quanto ao cenário político. México e Canadá, seus vizinhos, terão tarifas de importação de 25% a partir do dia 2 de abril. A China terá 20%. Como Trump está impondo elas e voltando atrás desde o início de seu mandato, no mês de janeiro de 2025, o mercado financeiro decidiu reagir e a queda das big techs surgiu como uma consequência disto. Com tantas incertezas, os investidores não sentem segurança em continuar injetando dinheiro em algo que não é estável. Uma grande queda A NVIDIA pode ser uma das maiores líderes na indústria de inteligência artificial, mas foi uma das big techs que mais sentiu o impacto econômico nos últimos meses. Após bater recorde no mês de janeiro, ela já perdeu um terço de seu valor de mercado em março. A NVIDIA teve uma grande queda no valor de mercado (Imagem: Divulgação/NVIDIA) A Tesla teve o seu maior valor registrado na metade de dezembro de 2024, mas este número já caiu mais da metade - tanto pela queda das big techs quanto pelas ações de Elon Musk, que assumiu um cargo no governo dos Estados Unidos e já afirmou que é difícil ocupar uma posição ao lado do presidente e gerir suas companhias simultaneamente. A venda de ações das big techs foi intensificada e a Nasdaq registrou o menor valor nos últimos seis meses. Vale lembrar que a maior parte dos componentes que as big techs trabalham vem da China, Taiwan, Coréia do Sul e outros países - ou seja, o preço dos eletrônicos provavelmente subirá com a implementação das tarifas. Impacto na indústria de semicondutores O setor de semicondutores também sentiu a queda, com algumas companhias sofrendo o impacto econômico. A VanEck Semiconductor ETF, por exemplo, teve uma queda de 5% na última segunda-feira (10). A Marvell Technology registrou uma queda de 8% e a ASML Holding e Micron Technology tiveram uma redução de 6% cada. A Broadcom caiu 5%. A indústria é a principal impactada pelas novas tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos, já que a ação pode representar um aumento expressivo no preço de componentes como CPUs, GPUs, placas-mãe, monitores, notebooks, smartphones e outros eletrônicos em geral. Seguindo os passos de Joe Biden, Donald Trump deseja que os EUA volte a ser uma grande potência na área da tecnologia. A iniciativa CHIPS and Science Act já injetou muito dinheiro para que a Intel, TSMC e outras grandes companhias de semicondutores construíssem fábricas mais avançadas dentro do país. Na semana passada, Trump anunciou que multiplicaria o investimento e ofereceu mais US$ 100 bilhões para a TSMC. Seu objetivo é trazer a sua pr

Sete das principais big techs perderam mais de US$ 750 bilhões (cerca de R$ 4,3 trilhões) na última segunda-feira (10), com a Nasdaq apresentando a sua maior queda desde o ano de 2022.
- 5 erros mais comuns ao comprar um SSD e como evitá-los
- Você não deveria jogar games de PC no ultra; entenda por quê
A maior parcela foi perdida pela Apple, que teve seu valor de mercado reduzido em US$ 174 bilhões. A NVIDIA perdeu quase US$ 140 bilhões e teve uma queda próxima a 5%. Já a Tesla, de Elon Musk, teve uma perda de valor de US$ 130 bilhões - o que representa 15% de seu valor, o que se tornou o pior dia para a companhia desde 2020.
Microsoft, Alphabet, Amazon e o Meta perderam US$ 98 bilhões; US$ 95 bilhões, US$ 50 bilhões e US$ 70 bilhões respectivamente. Quem teve a maior redução foi a Alphabet e o Meta, que tiveram uma queda maior do que 4% de seu valor de mercado. Porém, o que tem causado tanto impacto nas big techs e na área de semicondutores?
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Recessão ameaça big techs
Esta queda das big techs é uma “reação do mercado” ao caminho que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem tomado recentemente com suas decisões políticas. Ao impor e voltar atrás em relação às tarifas internacionais, ele criou um clima de incerteza e irritou investidores de todo o planeta - que temem que a economia tenha uma queda ou até enfrente uma recessão.
No domingo (9), o presidente dos EUA deu uma entrevista para a Fox News e não respondeu diretamente à uma pergunta feita: há riscos de acontecer uma recessão em 2025? Ao desviar da questão, investidores e a incerteza do mercado levaram às quedas abruptas vistas no dia seguinte.
Para a emissora, Trump apenas revelou que os Estados Unidos podem enfrentar problemas, mas que sairá mais forte no futuro.
“Odeio prever coisas assim. Este é um período de transição, porque o que estamos fazendo é algo grande. Estamos trazendo a riqueza de volta aos EUA. Isto é algo grande. Leva tempo, mas eu acho que será gigantesco para nós”, afirmou Donald Trump à Fox News.
A incerteza no mercado e a imposição de tarifas estrangeiras gerou muitas discussões e desconforto - tanto às big techs quanto ao cenário político. México e Canadá, seus vizinhos, terão tarifas de importação de 25% a partir do dia 2 de abril. A China terá 20%.
Como Trump está impondo elas e voltando atrás desde o início de seu mandato, no mês de janeiro de 2025, o mercado financeiro decidiu reagir e a queda das big techs surgiu como uma consequência disto. Com tantas incertezas, os investidores não sentem segurança em continuar injetando dinheiro em algo que não é estável.
Uma grande queda
A NVIDIA pode ser uma das maiores líderes na indústria de inteligência artificial, mas foi uma das big techs que mais sentiu o impacto econômico nos últimos meses. Após bater recorde no mês de janeiro, ela já perdeu um terço de seu valor de mercado em março.
A Tesla teve o seu maior valor registrado na metade de dezembro de 2024, mas este número já caiu mais da metade - tanto pela queda das big techs quanto pelas ações de Elon Musk, que assumiu um cargo no governo dos Estados Unidos e já afirmou que é difícil ocupar uma posição ao lado do presidente e gerir suas companhias simultaneamente.
A venda de ações das big techs foi intensificada e a Nasdaq registrou o menor valor nos últimos seis meses. Vale lembrar que a maior parte dos componentes que as big techs trabalham vem da China, Taiwan, Coréia do Sul e outros países - ou seja, o preço dos eletrônicos provavelmente subirá com a implementação das tarifas.
Impacto na indústria de semicondutores
O setor de semicondutores também sentiu a queda, com algumas companhias sofrendo o impacto econômico. A VanEck Semiconductor ETF, por exemplo, teve uma queda de 5% na última segunda-feira (10). A Marvell Technology registrou uma queda de 8% e a ASML Holding e Micron Technology tiveram uma redução de 6% cada. A Broadcom caiu 5%.
A indústria é a principal impactada pelas novas tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos, já que a ação pode representar um aumento expressivo no preço de componentes como CPUs, GPUs, placas-mãe, monitores, notebooks, smartphones e outros eletrônicos em geral.
Seguindo os passos de Joe Biden, Donald Trump deseja que os EUA volte a ser uma grande potência na área da tecnologia. A iniciativa CHIPS and Science Act já injetou muito dinheiro para que a Intel, TSMC e outras grandes companhias de semicondutores construíssem fábricas mais avançadas dentro do país.
Na semana passada, Trump anunciou que multiplicaria o investimento e ofereceu mais US$ 100 bilhões para a TSMC. Seu objetivo é trazer a sua produção principal aos Estados Unidos, gerando uma receita maior e centralizando o desenvolvimento de tecnologias em seu território. Vale notar que a corporação é responsável pelos chips utilizados por NVIDIA, AMD, Apple e várias outras big techs.
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