SPHEREx: conheça o telescópio da NASA que vai criar mapa 3D mais colorido do céu
O telescópio SPHEREx, da NASA, foi lançado na terça (11) após uma série de adiamentos. Ao longo da sua missão de dois anos, o poderoso telescópio promete observar mais de 450 milhões de galáxias e mais de 100 milhões de estrelas em nossa Via Láctea. O motivo? Juntos, estes dados vão proporcionar o mapa tridimensional mais colorido já feito do céu. Como funcionam os telescópios espaciais? Conheça os mais importantes James Webb: o que o maior telescópio da NASA já descobriu sobre o universo Durante sua missão, o telescópio vai escanear o céu inteiro quatro vezes. Os cientistas esperam que, ao fim do período, o instrumento tenha coletado um verdadeiro arco-íris de 102 cores de cada ponto no céu, sendo mais detalhado que qualquer outro mapa já feito. Olivier Doré, astrofísico e cientista de projeto do SPHEREx, explica que a ideia é observar todo o céu e coletar o espectro desde cometas até planetas, estrbelas e galáxias. “Esperamos que nosso conjunto de dados expanda nosso conhecimento do cosmos. Qualquer que seja seu objeto favorito do céu, vamos medir seu espectro”, disse. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- E é aqui que entra o SPHEREx (sigla em inglês de “Espectrofotômetro para a história do universo, época de reionização e explorador de gelo”). O nome é complexo, mas resume com eficiência os principais objetivos da missão: Estudar como o universo era nos primeiros segundos após o Big Bang; Coletar medidas da luz já emitida por todas as galáxias; Medir a água e outros ingredientes essenciais para a vida na Via Láctea. Para isso, o SPHEREx vai coletar dados do espectro de luz que atravessa seus instrumentos. Ao analisar o quão estendidos e comprimentos estão os comprimentos de luz, os cientistas podem descobrir a distância dos objetos que os emitiram e determinar se estão vindo em nossa direção ou se afastando. O SPHEREx vai investigar o que aconteceu nos primeiros instantes após o Big Bang (Reprodução/Gerd Altmann/Pixabay) Os dados vão render a criação de um grande quadro tridimensional com as posições relativas de 450 milhões de galáxias. Depois, os cientistas podem usar este precioso mapa para testar modelos da inflação cósmica ocorrida após o Big Bang, calcular toda a luz já emitida pelas galáxias que existiram pela história do universo e muito mais. Vida fora da Terra Não pense que os dados obtidos pelo SPHEREx vão ajudar somente na busca por respostas sobre os primeiros instantes após o Big Bang. É que, ao coletar dados sobre as assinaturas de água congelada e outros compostos no interior das grandes nuvens moleculares (regiões frias e densas no espaço repletas de gás e poeira, onde estrelas e planetas são formados), o SPHEREx pode também ajudar os pesquisadores a desvendarem as chances de a vida ocorrer em outros pontos da nossa galáxia. Cada elemento tem seu espectro próprio, baseado na forma como seus átomos absorvem e emitem diferentes comprimentos de onda da luz. Com a ajuda desta “impressão digital”, os cientistas podem descobrir o que está escondido nas nuvens moleculares através da análise da luz de fundo filtrada por suas partículas. Os cientistas acreditam que o SPHEREx vai observar mais de 9 milhões de nuvens do tipo, coletando dados em 3D delas a cada detecção de água congelada, monóxido de carbono e outros compostos essenciais para a vida como conhecemos. Se estiverem presentes em grandes quantidades, então é mais provável que tais moléculas acabem incorporadas aos planetas recém-formados ali, o que aumenta as chances da ocorrência de vida. O SPHEREx promete ser um aliado poderoso do telescópio espacial James Webb, o maior e mais poderoso observatório já enviado ao espaço. “Se o SPHEREx encontrar algum local potencialmente intrigante, o Webb pode estudar aquele alvo com maior resolução espectral e em comprimentos de onda que o SPHEREx não consegue detectar”, explicou Gary Melnick, astrônomo da equipe do novo telescópio. “Juntos, eles podem ter uma parceria altamente efetiva”. Leia também: 10 das maiores descobertas feitas com o telescópio Hubble Telescópio espacial James Webb: saiba tudo sobre o maior observatório da NASA Conheça o telescópio Euclid, que tirou foto de fenômeno previsto por Einstein Vídeo: Os telescópios mais incríveis do espaço Leia a matéria no Canaltech.

O telescópio SPHEREx, da NASA, foi lançado na terça (11) após uma série de adiamentos. Ao longo da sua missão de dois anos, o poderoso telescópio promete observar mais de 450 milhões de galáxias e mais de 100 milhões de estrelas em nossa Via Láctea. O motivo? Juntos, estes dados vão proporcionar o mapa tridimensional mais colorido já feito do céu.
- Como funcionam os telescópios espaciais? Conheça os mais importantes
- James Webb: o que o maior telescópio da NASA já descobriu sobre o universo
Durante sua missão, o telescópio vai escanear o céu inteiro quatro vezes. Os cientistas esperam que, ao fim do período, o instrumento tenha coletado um verdadeiro arco-íris de 102 cores de cada ponto no céu, sendo mais detalhado que qualquer outro mapa já feito.
Olivier Doré, astrofísico e cientista de projeto do SPHEREx, explica que a ideia é observar todo o céu e coletar o espectro desde cometas até planetas, estrbelas e galáxias. “Esperamos que nosso conjunto de dados expanda nosso conhecimento do cosmos. Qualquer que seja seu objeto favorito do céu, vamos medir seu espectro”, disse.
-
Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
-
E é aqui que entra o SPHEREx (sigla em inglês de “Espectrofotômetro para a história do universo, época de reionização e explorador de gelo”). O nome é complexo, mas resume com eficiência os principais objetivos da missão:
- Estudar como o universo era nos primeiros segundos após o Big Bang;
- Coletar medidas da luz já emitida por todas as galáxias;
- Medir a água e outros ingredientes essenciais para a vida na Via Láctea.
Para isso, o SPHEREx vai coletar dados do espectro de luz que atravessa seus instrumentos. Ao analisar o quão estendidos e comprimentos estão os comprimentos de luz, os cientistas podem descobrir a distância dos objetos que os emitiram e determinar se estão vindo em nossa direção ou se afastando.
Os dados vão render a criação de um grande quadro tridimensional com as posições relativas de 450 milhões de galáxias. Depois, os cientistas podem usar este precioso mapa para testar modelos da inflação cósmica ocorrida após o Big Bang, calcular toda a luz já emitida pelas galáxias que existiram pela história do universo e muito mais.
Vida fora da Terra
Não pense que os dados obtidos pelo SPHEREx vão ajudar somente na busca por respostas sobre os primeiros instantes após o Big Bang. É que, ao coletar dados sobre as assinaturas de água congelada e outros compostos no interior das grandes nuvens moleculares (regiões frias e densas no espaço repletas de gás e poeira, onde estrelas e planetas são formados), o SPHEREx pode também ajudar os pesquisadores a desvendarem as chances de a vida ocorrer em outros pontos da nossa galáxia.
Cada elemento tem seu espectro próprio, baseado na forma como seus átomos absorvem e emitem diferentes comprimentos de onda da luz. Com a ajuda desta “impressão digital”, os cientistas podem descobrir o que está escondido nas nuvens moleculares através da análise da luz de fundo filtrada por suas partículas.
Os cientistas acreditam que o SPHEREx vai observar mais de 9 milhões de nuvens do tipo, coletando dados em 3D delas a cada detecção de água congelada, monóxido de carbono e outros compostos essenciais para a vida como conhecemos. Se estiverem presentes em grandes quantidades, então é mais provável que tais moléculas acabem incorporadas aos planetas recém-formados ali, o que aumenta as chances da ocorrência de vida.
O SPHEREx promete ser um aliado poderoso do telescópio espacial James Webb, o maior e mais poderoso observatório já enviado ao espaço. “Se o SPHEREx encontrar algum local potencialmente intrigante, o Webb pode estudar aquele alvo com maior resolução espectral e em comprimentos de onda que o SPHEREx não consegue detectar”, explicou Gary Melnick, astrônomo da equipe do novo telescópio. “Juntos, eles podem ter uma parceria altamente efetiva”.
Leia também:
- 10 das maiores descobertas feitas com o telescópio Hubble
- Telescópio espacial James Webb: saiba tudo sobre o maior observatório da NASA
- Conheça o telescópio Euclid, que tirou foto de fenômeno previsto por Einstein
Vídeo: Os telescópios mais incríveis do espaço
Leia a matéria no Canaltech.