BCP salta mais de 3% e PSI encerra no ‘verde’

O sentimento positivo que se notou em quase todos os mais importantes mercados europeus estendeu-se a Lisboa, onde o índice PSI foi impulsionado por subidas do BCP e Mota-Engil.

Mar 12, 2025 - 19:45
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BCP salta mais de 3% e PSI encerra no ‘verde’

A bolsa de Lisboa encerrou a sessão desta quarta-feira com sentimento positivo, a par da generalidade das principais praças europeias. A inflação desacelerou nos Estados Unidos para 2,8% em fevereiro e o ânimo dos mercados não se fica por Walll Street.

O índice PSI subiu 0,36% até aos 6.763 pontos, impulsionado pela valorização de 4,31% nas ações da Mota-Engil, que alcançaram os 3,198 euros, ao mesmo tempo que o BCP se adiantou 3,60% para os 0,5408 euros. Seguiu-se a Ibersol, ao ganhar 3,20% para os 9,04 euros.

Em sentido contrário, a NOS recuou 2,80% e os títulos ficaram-se pelos 4,35 euros, ao passo que a EDP contraiu 2,68% para os 3,085 euros e a EDP Renováveis derrapou 2,25% para 8,47 euros.

Os ganhos foram notórios também entre os mais importantes índices europeus, em particular nas bolsas de Alemanha e Itália, cujos índices de referência somaram 1,63% e 1,57%. Seguiram-se incrementos de 0,59% em França e 0,52% no Reino Unido, ao passo que Espanha derrapou 0,50%.

O índice agregado Euro Stoxx 50 também terminou o dia com ganhos, na ordem de 0,97%.

Os futuros de Brent sobem 2,06% até aos 70,99 dólares por barril, ao passo que o crude se adianta 2,31% e está a ser negociado nos 67,78 dólares por barril. No mercado cambial, o euro recua 0,10%, pelo que um euro está a ser negociado por 1,0908 dólares.

“A sessão foi de recuperação para a generalidade das bolsas europeias. A revelação de que a inflação nos EUA desceu mais que o previsto em fevereiro a dar ânimo adicional aos investidores em ambos os lados do Atlântico, atenuando assim os efeitos colaterais de uma guerra de tarifas ainda sem final à vista e que cria incerteza económica”, assinala-se na análise do Departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.

“A Rheinmetall voltou a estar em evidência, ao ganhar cerca de 10% em reação a resultados. Já o tombo da Inditex, proprietária de cadeias de vestuário, entre as quais a Zara, arrastou o IBEX, após ter desiludido nas contas”, de acordo com os analistas.

“Em Portugal, A Mota-Engil e o BCP estiveram em evidência, com o banco a valorizar 3,6% e a construtora 4,3%”, acrescenta-se ainda.